Brasil recebe convite para aderir à OPEP+ e deverá integrar grupo a partir de janeiro de 2024
País, que está entre os dez maiores países produtores de petróleo e é o maior da América Latina, será o terceiro latino-americano, juntamente com o mencionado México e a Venezuela, a ingressas na aliança
Sergio LIMA / AFP
Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (D), posa para uma foto com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, durante a cerimônia de posse dos membros de seu gabinete, no Palácio do Planalto, em Brasília
O Brasil foi convidado, nesta quinta-feira, 30, a aderir à OPEP+, composta pelos 13 membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP, com a Arábia Saudita à frente) e dez países associados liderados pela Rússia. O anúncio inesperado ocorreu ao final da conferência ministerial da Opep+ realizada virtualmente. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, participou da reunião. “A reunião deu as boas-vindas à Sua Excelência, Alexandre Silveira de Oliveira, ministro de Minas e Energia da República Federativa do Brasil, que se incorporará à Carta de Cooperação da Opep+ a partir de janeiro de 2024”, destacou o comunicado da aliança. O Brasil está entre os dez maiores países produtores de petróleo e é o maior produtor da América Latina desde 2016. A sua produção de petróleo atingiu um recorde de 3,7 milhões de barris por dia em setembro, um aumento de quase 17% em relação ao mesmo mês do ano anterior e de 6,1% em relação a agosto, segundo a agência de referência de preços Argus Media. A chamada “Carta de Cooperação” é o documento fundador da aliança Opep+, selada em 2016 e na qual o Brasil se tornará o parceiro número 24. Será também o terceiro membro latino-americano, juntamente com o mencionado México e a Venezuela, um dos cinco países que fundaram a Opep em 1960 e que hoje possui as maiores reservas de petróleo bruto do mundo.
Os integrantes da Opep+ promovem reuniões regulares para analisar o cenário mundial de oferta de petróleo e implementam cortes ou aumento de produção, exercendo influência sobre os preços do barril. O anúncio da adesão do Brasil ocorre um dia depois de uma visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Riad, onde foi recebido pelo príncipe herdeiro do reino, Mohammad bin Salman. A próxima conferência ministerial da Opep+ foi convocada para 1º de junho de 2024, em Viena. A reunião de hoje coincidiu com a abertura da 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP28) em Dubai, na qual a Opep defende a necessidade de se continuar a investir na indústria petrolífera. são membros da OPEP Arábia Saudita, Venezuela, Emirados Árabes Unidos, Nigéria, Líbia, Kuwait, Iraque, Irã, Gabão, Guiné Equatorial, República do Congo, Angola e Argélia. Os membros da OPEP+, que nasceu em 2016, são Rússia, Cazaquistão, Azerbaijão, Malásia, México, Bahrein, Brunei, Omã, Sudão e Sudão do Sul. Desde o final de 2022, a estratégia da aliança tem sido reduzir a sua produção em cerca de cinco milhões de barris por dia, sob iniciativa da Arábia Saudita.
Fonte Por Jovem Pan