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Análise: rotular esquema é o menos importante em vitória do Flamengo marcada pela aproximação do quarteto

Com Bruno Henrique, Arrascaesta, Gabigol e Everton Ribeiro menos espaçados, time de Paulo Sousa volta a fazer combinações e bate argentinos no Maracanã; Santos traz segurança na saída de bola

Por Fred Gomes — Rio de Janeiro

13/04/2022 04h00  Atualizado há 5 horas

Antes, durante e depois da vitória por 3 a 1 do Flamengo sobre o Talleres, no Maracanã, muitos torcedores e analistas bateram o pé e afirmaram: “a volta do 4-4-2 foi decisiva para o resultado”. O autor do texto inclusive foi um destes palpiteiros que levantou essa tese. No decorrer do jogo, porém, a variação do sistema e a troca de posições deixaram claro que o mais importante da noite foi o constante diálogo entre Bruno Henrique, Arrascaeta, Gabigol e Bruno Henrique.

Flamengo deu impressão de que variou menos o posicionamento de sua primeira linha, que, com três zagueiros ou não, sempre defendeu-se com quatro desde a chegada do português. A disposição ofensiva também pode ser definida com variados números, como 3-2-4-1 ou 3-5-2, algo que já se via desde o início do trabalho do português, porém a grande notícia – é preciso repetir – foi a aproximação do quarteto.

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Em coletiva recente, Paulo Sousa afirmou que precisava primeiramente consolidar um sistema para poder lançar mão de outros no decorrer das partidas. Contra Talleres, conseguiu se aproximar disso. É verdade que o Flamengo cometeu erros, sobretudo individuais, mas enfim voltou a evoluir.

Primeiro gol escancara aproximação

Flamengo abriu cedo o placar em um gol de pênalti. Mais importante do que a ótima cobrança de Gabigol foi a jogada que terminou em falta de Benavídez em Arrascaeta. Os quatro participaram. Perto do círculo central, Everton Ribeiro entregou a Bruno Henrique, que esticou em Arrasca. O uruguaio tocou para Gabigol e recebeu de volta do camisa 9 antes de ser derrubado.

Detalhe a ser ressaltado é que no momento do encontrão de Benavídez em Arrascaeta, Gabigol passava pela esquerda, Ribeiro dava opção perto da marca do pênalti, e BH estava entrando na área.

Mais juntos no segundo gol

Se no primeiro gol Everton Ribeiro e Bruno Henrique foram os responsáveis por fazer a bola chegar ao ataque, no segundo Arrascaeta quem tratou de quebrar a marcação adversária com sua genialidade. David Luiz lançou, o uruguaio recuou e tocou de calcanhar para BH, que avançou e tentou a devolução. A bola sobrou limpa para Everton Ribeiro bater de primeira e ampliar.

Sentiu falta de Gabigol? Pois ele estava bem colocado o tempo inteiro, em posição legal entre Catalán e Pérez. Sua movimentação combinada à de Arrascaeta puxou a marcação de três argentinos para a ponta e abriu espaço no meio para Ribeiro finalizar.

“Estranho no Ninho”, Gomes auxilia trio no terceiro gol

Depois de sofrer um gol inesperado perto dos acréscimos do primeiro tempo – isso é papo para o fim da análise –, o Flamengo tentava se reencontrar e ainda pecava bastante tecnicamente. O lance do terceiro gol mostra isso. Thiago Maia comete erro primário de passe, mas João Gomes limpa sua barra com um desarme e a construção que desmontou a barreira defensiva adversária.

Gomes avançou, trombou no marcador e pisou com o calcanhar deixando para Everton Ribeiro tabelar com Bruno Henrique e tomar a decisão mais correta possível ao finalizar com força no canto do goleiro. Um jogador sem confiança poderia optar pelo cruzamento para o próprio Gomes ou para Arrascaeta, que davam opção. Ribeiro preferiu assumir o protagonismo e decidir a parada.

Fonte: Fred Gomes — Rio de Janeiro

https://ge.globo.com/futebol/times/flamengo/noticia/2022/04/13/analise-rotular-esquema-e-o-menos-importante-em-vitoria-do-flamengo-marcada-pela-aproximacao-do-quarteto.ghtml