Análise: Seleção aplica conceitos de treino no Maracanã em quarta goleada em casa nas Eliminatórias
Com recuperação veloz da bola, linha de passe até a área e variações no ataque, Tite amplia leque de opções em goleada contra o Chile a oito meses da Copa do Mundo
Por Raphael Zarko — Rio de Janeiro
25/03/2022 06h00 Atualizado há 2 horas
Nos últimos oito jogos, Tite escalou quatro quartetos ofensivos diferentes. O da noite de quinta-feira de despedida da Seleção no Maracanã, pela 17ª rodada das Eliminatórias, teve Vinicius e Antony pelo lado, Neymar e Lucas Paquetá pelo meio. O Chile se esforçou para neutralizar o volume de jogo brasileiro, mas a partir do pênalti na metade final do primeiro tempo foi presa fácil.
Os 4 a 0, com dois gols em cada tempo – Neymar, Vini Jr, Phlippe Coutinho e Richarlison marcaram – deixam a Seleção com 22 gols em oito jogos em casa. São 13 nos últimos quatro: dois 4 a 0, contra Paraguai e Chile, um 4 a 1 sobre o Uruguai e a vitória por 1 a 0 sobre o Equador. Média de 2,75 por partida em casa nas Eliminatórias.
A Seleção sobe para a Granja Comary para os treinos antes da segunda partida. A viagem para a Bolívia será apenas na véspera da partida, na segunda-feira, primeiro para Santa Cruz de La Sierrra. Apenas no dia do jogo vai a La Paz. O Brasil enfrenta os donos da casa na terça-feira, às 20h30 (horário de Brasília)
Além dos números e recordes – já tem a maior invecilidade de todos os tempos da competição e se vencer em La Paz contra a Bolívia a Seleção vai a 45 pontos e supera o recorde da Argentina de Bielsa nas Eliminatórias de 2002 -, ver o Brasil de Tite remete aos ensaios curtos de dois dias de treinos na Granja Comary.
Foi possível notar a pressão e a rapidez na recuperação da bola – nos treinos, Tite reunia até 20 jogadores na metade do campo e quando o time que atacava perdia a bola, ele contava de 1 até 5 para tomar a posse novamente. Repare no segundo gol brasileiro, marcado por Vini Jr, o primeiro dele com a amarelinha.
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