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Biden pede que cidadãos americanos deixem a Ucrânia; diplomacia dos EUA diz que russos podem invadir ‘a qualquer momento’

Rússia iniciou exercícios militares na Belarus. Países do Ocidente ameaçam os russos com sanções econômicas, mas Biden afirma que não enviará soldados.

Por g1

11/02/2022 06h41  Atualizado há 2 horas

O presidente dos Estados UnidosJoe Biden, pediu na quinta-feira (10) aos cidadãos americanos que estão na Ucrânia para que saiam do país devido à ameaça de uma invasão russa.

“Os cidadãos americanos deveriam sair agora. As coisas podem acelerar rapidamente”, declarou Biden durante uma entrevista para a NBC News. Ele citou o número de soldados que a Rússia deslocou para a região da fronteira com a Ucrânia: 100 mil.

Biden descartou novamente a ideia de enviar soldados à Ucrânia, nem mesmo para ajudar a retirar os cidadãos americanos em caso de invasão. Isso seria “uma guerra mundial. Quando os americanos e os russos começam a atirar uns nos outros, entramos num mundo muito diferente”, afirmou Biden.

Nesta sexta-feira, Antony Blinken, o chefe da diplomacia americana, disse que a Rússia continua enviando tropas para sua fronteira com a Ucrânia e afirmou que a invasão pode começar “a qualquer momento”, inclusive durante os Jogos Olímpicos de Inverno que acontecem na China.

“A invasão pode acontecer a qualquer momento e, sejamos claros, pode ocorrer inclusive durante os Jogos Olímpicos”, afirmou, referindo-se a hipóteses lançadas sobre o desejo da Rússia de esperar que o evento esportivo termine para não ofuscar seu aliado, a China.

Exercícios militares na Belarus

A entrevista com Biden foi ao ar após o início de importantes manobras conjuntas entre os exércitos russo e belarrusso às portas da Ucrânia, diminuindo as esperanças de uma desescalada após semanas de intensos esforços diplomáticos na Europa.

Estes exercícios, concentrados principalmente na região da Belarus de Brest, fronteiriça com a Ucrânia, envolvem o envio de mísseis e armamento pesado e, segundo os Estados Unidos, de 30 mil soldados russos adicionais.

A Otan garantiu que o envio de mísseis, armamento pesado e soldados armados a esse país situado ao norte da Ucrânia era “um momento perigoso para a segurança da Europa”, que vive os momentos de maior tensão desde a Guerra Fria.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou Moscou de exercer uma “pressão psicológica” sobre a ex-república soviética, agora inclinada para o Ocidente.

Manobras defensivas, segundo Moscou

Os líderes europeus estavam envolvidos nas últimas semanas em um frenesi diplomático para tentar diminuir as tensões, incluindo visitas a Moscou do presidente da França, Emmanuel Macron, e futuramente do chanceler alemão, Olaf Scholz.