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De rejeitados a cobiçados: por que técnicos estrangeiros viraram prioridade no Corinthians

Timão tem portugueses Vitor Pereira e Paulo Fonseca no radar; Ramón Díaz é oferecido

Por Bruno Cassucci — São Paulo

10/02/2022 06h01  Atualizado há 3 horas

Desta vez, os estrangeiros passaram a ser não apenas uma possibilidade, como também uma prioridade. Com o diagnóstico de que há carência de bons técnicos no Brasil, a diretoria alvinegra volta suas atenções para o mercado internacional.

O foco no momento está em Portugal, país que tem uma vasta escola de treinadores e que forneceu os campeões das últimas três Copas Libertadores: Jorge Jesus, pelo Flamengo, e Abel Ferreira, pelo Palmeiras. Dentre os nomes sugeridos e estudados pelo Corinthians, dois se destacaram: Vitor Pereira e Paulo Fonseca.

A dupla chamou atenção por seus currículos. Vitor Pereira é bicampeão português pelo Porto (2011-12, 2012-13) e passou por Al-Ahli, da Arábia Saudita, Olympiacos, da Grécia, e 1860 München, da Alemanha. O último trabalho dele foi no Fenerbahçe, da Turquia, clube que deixou em dezembro do ano passado.

Já Paulo Fonseca comandou o Braga na conquista da Taça de Portugal (2015-16), teve passagem de sucesso pelo Shakhtar Donetsk e esteve à frente da Roma, da Itália, entre 2019 e 2021.

A diretoria alvinegra buscou informações e fez contatos com os dois, mas não formalizou proposta oficial. Em ambos os casos, foi informada de que as negociações são difíceis. Porém, ainda há esperança em um acerto.

Desde a semana passada, inúmeros nomes foram oferecidos ao Corinthians. Um dos últimos foi o de Rámon Díaz, argentino de 62 anos, que está de saída do Al-Nasr, da Arábia Saudita. Ídolo e multicampeão pelo River Plate, ele também teve passagens de sucesso por San Lorenzo e Al-Hilal. Em 2020, Díaz foi contratado pelo Botafogo, mas acabou demitido sem ter dirigido a equipe em um único jogo sequer. Ele teve de passar por uma cirurgia, e o clube carioca decidiu não esperar a recuperação.

Além de identificar falta de opções no mercado do brasileiro e maior capacitação dos estrangeiros, Duilio vê a contratação de um técnico de outro país como a chance de romper processos e trazer modernidade ao dia a dia do CT Joaquim Grava.

Antes apontada como um empecilho, a possível dificuldade de adaptação do treinador ao Brasil já não preocupa tanto.

Os dirigentes tomam cuidado na obtenção do máximo de detalhes sobre os métodos de trabalho dos profissionais desejados e a forma como eles se relacionam com jogadores e demais funcionários.

A questão financeira atrapalha, mas não inviabiliza tal contratação. O Corinthians sabe que terá de pagar muito mais do que para Sylvinho e prevê até triplicar o gasto com a comissão técnica.