Dia do Nordestino: cerca de 10% da população do interior de SP é nordestina, segundo IBGE

Tv Tem conversou com duas nordestinas que moram em Itapetininga (SP) para saber como a vida as trouxe até a cidade.

O Dia do Nordestino é celebrado nesta sexta-feira (8) e, mesmo sendo de outra região, o Estado de São Paulo tem muito há comemorar. De acordo com o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), feito em 2010, cerca de 10% da população do interior de SP é nordestina.

Quase 3 milhões de pessoas nascidas no nordeste estavam morando em municípios paulistas. Segundo o censo de 2010, 2.924.269 pessoas eram nordestinas no estado, enquanto a população total era de 30.008.696 de pessoas.

Segundo o IBGE, nos últimos anos esse número cresceu ainda mais. A estimativa para o estado é de 46 milhões de pessoas.

Já em Itapetininga, a relação é menor, com quase 2% de nordestinos na cidade. De acordo com o instituto, em 2010, eram 2.252 nordestinos. A população total de Itapetininga era de 144.377.

Quem faz parte deste grupo é a paraibana Cleide Guimarães, que mora em Itapetininga há mais de 10 anos. Durante esse tempo, ela construiu uma família e, além disso, concluiu quatro faculdades que se dispôs a fazer.

“Eu vi as portas se abrirem. No oitavo dia que cheguei, já comecei a trabalhar. Posso dizer que aqui aprimorei os meus conhecimentos e agora minha meta é fazer o mestrado” ; contou Cleide, que hoje é professora em Itapetininga.

Diante de tantas conquistas, Cleide pretende continuar no interior de SP, mas faz questão de resgatar e apresentar à filha mais nova as raízes de sua terra.

Outra nordestina que tem feito história no interior paulista é a enfermeira Liliane Cruz, que há quase 12 anos saiu da Bahia e vive em Itapetininga. A decisão de se mudar veio após ela fazer uma breve visita aos irmãos.

Segundo a baiana, foi paixão a primeira vista e sob influência de sua cunhada, mudou de vez. Aos poucos, ela construiu sua vida em terras paulistas e hoje fala com orgulho de suas conquistas.

“No começo foi difícil, principalmente quando eu morava sozinha em Sorocaba. Logo eu comecei a trabalhar, ganhar o que eu nunca ganhei, passei a estudar e estou aqui até hoje. Foi a melhor decisão tomada até aqui”, afirmou a enfermeira.

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Fonte: Por Tv Tem