Inverno começa nesta terça (21); veja o que esperar da estação em todo o Brasil
Estação, que vai até 22 de setembro, é marcada pelo período menos chuvoso de Sudeste, Centro-Oeste e parte do Norte e Nordeste; maiores quantidades de chuva concentram-se sobre o noroeste da Região Norte, leste do Nordeste e parte do Sul.
Por g1
21/06/2022 05h02 Atualizado há 2 horas
O inverno começa oficialmente nesta terça-feira (21) às 06h14 (horário de Brasília) para a maior parte do território brasileiro – com exceção de partes do Amazonas, Pará e quase a totalidade de Roraima e Amapá, que ficam no Hemisfério Norte.
O início da estação é chamado de solstício de inverno – dia do ano com menos horas de luz do que qualquer outro no ano. Geralmente, ele ocorre em 22 de junho, mas pode ocorrer entre 21 e 23. Neste ano, será às 06h13 desta terça (21).
A estação termina em 22 de setembro às 22h04, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Cesar Soares, meteorologista da Climatempo, explica que, de maneira geral, a partir de agora teremos a entrada de massas de ar mais frias e a permanência delas de forma mais efetiva no Centro-Sul do Brasil.
“Isso porque a gente começa a ter a migração do jato polar (a porta de entrada das massas de ar frio de origem polar) mais para o norte do país. Por isso, a gente tem mais condições de entrada dessas massas”, diz.
O inverno é marcado pelo período menos chuvoso das regiões Sudeste, Centro-Oeste e parte do Norte e Nordeste – enquanto as maiores quantidades de chuva concentram-se sobre o noroeste da Região Norte, leste do Nordeste e parte da Região Sul.
De acordo com o Inmet, por causa das massas de ar frio que vêm do sul do continente, pode haver:
- queda da temperatura média do ar, com valores abaixo de 22ºC no leste do Sul e Sudeste;
- formação de geadas nas regiões Sul, Sudeste e em Mato Grosso do Sul;
- neve nas áreas serranas e planaltos da Região Sul;
- episódios de friagem em Mato Grosso, Rondônia, Acre e no sul do Amazonas.
No período da manhã, pode haver, também, formações de nevoeiros e/ou névoa úmida nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, com redução de visibilidade, especialmente em estradas e aeroportos.
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Com a redução das chuvas em grande parte do país nesta época, ocorre a diminuição da umidade relativa do ar, que favorece o aumento da incidência de queimadas e incêndios florestais e de doenças respiratórias.
Previsões por região
Sul
No Sul, a previsão é de chuvas abaixo da média em grande parte da região, segundo o Inmet, por causa do fenômeno La Niña.
No oeste dos três estados e no extremo sul do Rio Grande do Sul, entretanto, as chuvas devem ficar na média ou ligeiramente acima dela, segundo a previsão.
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Já as temperaturas devem ficar próximas e abaixo da média para grande parte da região –principalmente em julho e agosto – por causa da entrada de massas de ar polar no continente. Pode haver geada em alguns lugares, principalmente nos de maior altitude.
A única exceção à tendência é o norte do Paraná, onde as temperaturas podem ficar acima da média.
“Os três estados da região serão as áreas mais frias do país durante essa época do ano, com possibilidade de neve durante o mês de julho nas serras Gaúcha, Catarinense e no planalto de Santa Catarina”, pontua Cesar.
Veja as temperaturas previstas nas capitais para os próximos dias, segundo o Inmet:
- Curitiba: mín. 11°C/máx. 22°C nesta terça (21); mín. 14°C/máx. 25°C na quarta (22).
- Florianópolis: mín. 14°C/máx. 21°C nesta terça (21); mín. 16°C/máx. 24ºC na quarta (22).
- Porto Alegre: mín. 10°C/máx. 17°C nesta terça (21); mín. 14ºC/máx. 16°C na quarta (22).
Sudeste
As chuvas devem ficar próximas ou ligeiramente abaixo da média no Sudeste. Não está descartada, entretanto, a ocorrência de chuvas próximas ao litoral da região, por causa da passagem de frentes frias.
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Já as temperaturas devem ficar acima da média em grande parte da região, mas também não se descarta a possibilidade de queda na temperatura média do ar devido à entrada de massas de ar frio. Pode haver formação de geada em locais mais altos.
De acordo com o especialista da Climatempo, não são esperadas para a região massas de ar tão intensas e duradouras, como a do último mês de maio.
“Mas a gente vai sentir frio, principalmente em julho. Já em agosto, São Paulo, Rio, Minas e Espírito Santo vão ter condições de elevação gradativa da temperatura e até mesmo algumas ondas de calor durante esse período. Mas de maneira geral, o inverno vai ser bem seco”, acrescenta.
Veja as temperaturas previstas nas capitais para os próximos dias, segundo o Inmet:
- Belo Horizonte: mín. 12°C/máx. 25°C nesta terça (21); mín. 11°C/máx. 26°C na quarta (22);
- Rio de Janeiro: mín. 18°C/máx. 29°C nesta terça (21); mín. 19°C/máx. 32°C na quarta (22).
- São Paulo: mín. 14°C/máx. 25°C nesta terça (21); mín. 15°C/máx. 26°C na quarta (22).
- Vitória: mín. 19°C/máx. 27°C nesta terça (21); mín. 19°C/máx. 28°C na quarta (22).
Centro-Oeste
O período seco já começou no Centro-Oeste – e a tendência é de diminuição da umidade relativa do ar nos próximos meses, segundo o Inmet. Os índices podem ficar abaixo de 30%, com mínimas abaixo de 20%.
“Por conta da secura do ar, a gente pode ter ao longo do mês de agosto e setembro um aumento gradativo das queimadas na região. É essa época do ano que dispara as queimadas, principalmente no Pantanal e em áreas de Mato Grosso, no geral”, destaca Cesar.
A previsão é de chuvas dentro ou abaixo da média para a estação, exceto em áreas pontuais no sudoeste de Mato Grosso do Sul e noroeste de Mato Grosso, onde pode haver chuva ligeiramente acima da média.
Fonte: Por g1