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Nikolas, Boulos, Zambelli e Eduardo Bolsonaro: puxadores de votos ajudam a eleger outros deputados federais

Mais votado nesta eleição, Nikolas Ferreira (PL-MG) impulsionou a eleição de 6 colegas de partido para a Câmara dos Deputados.

Por Victor Farias e Marina Pinhoni, g1

05/10/2022 04h01  Atualizado há 4 hor

Quatro deputados recém-eleitos conseguiram sozinhos, além de se eleger, facilitar a vitória de outros nomes do partido ou da federação da qual fazem parte. Só o vereador bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG) conseguiu votos suficientes para levar outros 6 candidatos a Brasília. Isso acontece devido ao quociente eleitoral.

Outros com bons resultados são: Guilherme Boulos (PSOL-SP), que ajudou a eleger dois deputados;Carla Zambelli e Eduardo Bolsonaro, ambos do PL de São Paulo, que facilitaram a eleição de mais uma pessoa cada.

Outros 21 candidatos ultrapassaram o quociente, mas não tiveram votos suficientes para, sozinhos, levarem outros candidatos.

Eleitos que ultrapassaram o quociente eleitoral

DeputadoVotos recebidosQuociente eleitoral no estadoVagas obtidas por voto
Nikolas Ferreira (PL-MG)1.492.047210.9647,1
Guilherme Boulos(PSOL-SP)1.001.472332.6713,0
Carla Zambelli(PL-SP)946.244332.6712,8
Eduardo Bolsonaro(PL-SP)741.701332.6712,2
Ricardo Salles(PL-SP)640.918332.6711,9
Deltan Dallagnol(PODE-PR)344.917201.2861,7
Delegado Bruno Lima(PP-SP)461.217332.6711,4
André Ferreira(PL-PE)273.267198.7951,4
Tenente Coronel Zucco(REP-RS)259.023198.3811,3
Gleisi (PT-PR)261.247201.2861,3
Marcel Van Hattem(NOVO-RS)256.913198.3811,3
Silvye Alves(UNIÃO-GO)254.653202.3831,3
Filipe Barros (PL-PR)249.507201.2861,2
Clarissa Tércio(PP-PE)240.511198.7951,2
Arthur Lira(PP-AL)219.452183.4181,2
Amom Mandel(CID-AM)288.555247.0601,2
Daniela Do Waguinho (UNIÃO-RJ)213.706186.3391,1
André Janones(Avante-MG)238.967210.9641,1
Paulo Pimenta(PT-RS)223.109198.3811,1
General Pazuello (PL-RJ)205.324186.3391,1
Bia Kicis(PL-DF)214.733200.9401,1
Taliria Petrone(PSOL-RJ)198.548186.3391,1
Doutor Luizinho(PP-RJ)190.071186.3391,0
Tabata Amaral(PSB-SP)337.873332.6711,0
Fernanda Melchionna(PSOL-RS)199.894198.3811,0

Fonte: TSE

Na Câmara dos Deputados, o quociente eleitoral é a divisão dos votos válidos (sem contar com nulos e brancos) pelo número de cadeiras que cada estado tem direito. Quanto maior for a população, mais cadeiras são destinadas ao estado — São Paulo, por exemplo, tem 70, enquanto o Distrito Federal tem 8.

Esse número passa então a ser a meta para cada partido eleger os seus candidatos. Para apenas um deputado, a legenda precisa atingir uma vez o número de votos do quociente eleitoral; para dois parlamentares, duas vezes. Definidos o número de candidatos que a sigla terá direito, os mais votados ocupam as vagas.

O deputado eleito Nikolas Ferreira, por exemplo, teve 1.492.047 votos neste ano. Dividido pelo quociente eleitoral de Minas, que foi de 210.964, chega-se a 7,1 vagas, mas o número decimal não é considerado neste cálculo. Os votos de Ferreira, portanto, são suficientes para levá-lo a Brasília e carregar mais 6 nomes do partido.

Mas, mesmo entre os mais votados, cada parlamentar precisa de um número mínimo de votos, 10% do quociente eleitoral, para evitar que haja o reforço da imagem dos “puxadores de voto”. Se o PL em Minas, por exemplo, não tiver outros 6 candidatos com 10% do quociente, o partido perderia essa vaga, que iria ser distribuída com as sobras de vagas, por meio da média — total de votos de cada partido pelas cadeiras que ele já ganhou + 1.

Fonte:  Victor Farias e Marina Pinhoni, g1

https://g1.globo.com/politica/eleicoes/2022/eleicao-em-numeros/noticia/2022/10/05/nikolas-boulos-zambelli-e-eduardo-bolsonaro-puxadores-de-votos-ajudam-a-eleger-outros-deputados-federais.ghtml