Novo Ensino Médio: ajustar ou revogar? Entenda em 7 pontos o debate que envolve alunos e MEC
Entidades estudantis argumentam falta de estrutura nas escolas e despreparo dos professores para pedir reforma. MEC e Consed se dizem abertos ao diálogo, mas descartam fim do programa.
Por Emily Santos e Fernanda Calgaro, g1 — São Paulo
16/02/2023 05h01 Atualizado há 7 minutos
Em seu segundo ano de vigência, o Novo Ensino Médio, que traz mudanças na grade curricular e oferta de disciplinas optativas em todas as escolas do país, possui pontos positivos, de acordo com especialistas, mas também tem sido alvo de críticas por grupos que chegam até a defender sua revogação.
📊 CONTEXTO: Com o início do ano letivo e a obrigatoriedade de implementação do modelo a partir deste ano e, portanto, mais estudantes sob as novas regras, a reforma do ensino médio tem mobilizado discussões acaloradas nas redes sociais.
Falta de estrutura adequada nas escolas, despreparo dos professores e conteúdos inusitados em contraposição à diminuição da carga horária de disciplinas tradicionais são apontados como um risco de ampliar ainda mais a desigualdade no acesso ao ensino superior entre alunos oriundos do sistema público e os da rede privada.
O Ministério da Educação (MEC) diz que a questão “transcende a simples revogação e passa pelo debate sobre melhoria da qualidade”. A pasta pretende fazer uma “ampla pesquisa com toda a comunidade escolar” para “corrigir distorções”.
O Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), que representa as redes estaduais, afirma que “aprimoramentos e ajustes” podem e devem ser discutidos, mas que a revogação “não é o caminho para tornar essa etapa mais atrativa ao estudante”.
Alguns estados, como São Paulo, já têm pensado em fazer mudanças. O governo paulista estuda reduzir as opções de formação específica para poder dar mais apoio às escolas.
Entenda debate em 7 pontos:
- O que é o Novo Ensino Médio?
- Quais são as críticas ao novo modelo?
- O que dizem os defensores do Novo Ensino Médio?
- Qual a opinião de especialistas?
- O que os estudantes acham do novo modelo?
- Qual a posição das redes estaduais?
- O que diz o MEC?
Fonte: Emily Santos e Fernanda Calgaro, g1 — São Paulo