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Oito são presos em operação contra revenda de iPhones roubados no Rio; celulares tinham nota falsa e estavam bloqueados

Os assaltantes agiam Centro do Rio, e os aparelhos eram vendidos lá mesmo ou anunciados em plataformas na internet como se fossem originais.

Por Ben-Hur Correia, Guilherme Santos e Márcia Brasil, TV Globo

15/02/2023 07h05  Atualizado em 41 minutos

A Polícia Civil do RJ e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) iniciaram nesta quarta-feira (15) a Operação Ligação Direta, contra a revenda de iPhones roubados no Rio. Até a última atualização desta reportagem, oito pessoas haviam sido presas.

Segundo as investigações, os assaltantes agiam no Centro do Rio e subtraíam cerca de 160 aparelhos por mês.

Esses iPhones eram vendidos lá mesmo ou anunciados em plataformas na internet como se fossem originais. A quadrilha também tinha máquinas de cartão de crédito e entregava os telefones em pontos movimentados, como estações de metrô, com nota fiscal falsificada da Apple. Mas, quando os compradores tentavam ligar o telefone, descobriam que o celular estava bloqueado.

Agentes da 5ª DP (Centro) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ) saíram para cumprir 19 mandados de prisão e 12 de busca e apreensão na capital e nos municípios de Nova IguaçuDuque de CaxiasMagéMesquitaJaperiSão Gonçalo e Arraial do Cabo.

Dois dos alvos já estavam encarcerados. Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Especializada da Capital.

“A denúncia, oferecida em janeiro, relata que os criminosos utilizavam repetidamente os mesmos modelos de nota fiscal e números de IMEI — espécie de código de identificação do aparelho —, o que sinaliza que os crimes derivam de um mesmo tronco organizacional”, afirmou o MPRJ.

O delegado Deoclécio Assis, titular da 5ª DP e responsável pela operação, alertou para os riscos desse tipo de crime.

“Ao comprar um celular sem nota fiscal, de procedência duvidosa, o cidadão pode estar cometendo o crime de receptação. Esse tipo de compra, que parece vantajosa pelo preço abaixo do praticado no mercado, alimenta toda uma cadeia criminosa e pode ter custado a vida de uma vítima”, explicou.

De acordo com o delegado, existem sinais claros de que o aparelho que está sendo vendido pode ser produto de roubo ou furto. Além do preço atrativo, os receptadores costumam exigir pagamento à vista ou por Pix e combinam a entrega sempre na rua ou em estações do metrô.

“Fuja de sites duvidosos e perfis desconhecidos em redes sociais. Compre sempre em lojas confiáveis, com nota fiscal legal e garantia de procedência lícita”, recomendou o titular da 5ª DP. “E se for vítima de roubo ou furto, procure sempre a delegacia, para que o crime seja investigado e os autores sejam identificados e responsabilizados”, emendou.

Fonte: Ben-Hur Correia, Guilherme Santos e Márcia Brasil, TV Globo

https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2023/02/15/operacao-mira-ladroes-de-celular-e-receptadores-no-rio.ghtml