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Para evitar novo revés na Petrobras e o Centrão, governo costurou em 24 horas nome técnico para comandar empresa

Busca incluiu reunião com Abin para investigar passado de José Mauro Ferreira Coelho, ex-secretário de petróleo e gás e homem de confiança de Bento AlbuquerqueManoel Ventura07/04/2022 – 07:33 / Atualizado em 07/04/2022 – 07:53

BRASÍLIA – Depois de ver seus indicados para presidência da Petrobras e para o Conselho de Administração da estatal — Adriano Pires e Rodolfo Landim —desistirem dos cargos por risco de conflito de interesses, o presidente Jair Bolsonaro buscou uma solução em quadros de seu governo, numa operação que incluiu até o inédito escrutínio do nome do indicado para dirigir a estatal em 24 horas.

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José Mauro Ferreira Coelho, que foi apontado para assumir o comando da estatal, é considerado homem de confiança do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. Tem histórico de atuação em cargos da pasta e de estatais de energia e deve ter seu nome confirmado em assembleia geral de acionistas marcada para a próxima quarta-feira.

Bolsonaro também indicou Márcio Andrade Weber, que já é conselheiro da estatal, para presidir o Conselho de Administração da petroleira.

Para evitar o risco de que a nova indicação fosse vetada adiante pelo Comitê de Pessoas da Petrobras, o governo submeteu o nome de José Mauro a um inédito escrutínio de 24 horas, quando seu histórico e experiência foram alvo de um pente-fino. Albuquerque teve até reuniões com a Abin.

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Bolsonaro também não queria, de acordo com fontes do governo, um nome bancado pelo Centrão, o grupo de partidos que o apoia e que deu aval à indicação de Pires. O martelo da indicação foi batido em reunião na tarde de terça-feira no Palácio do Planalto, entre Albuquerque e Bolsonaro. A demora na apresentação foi resultado da cautela em relação à checagem.