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Por que esperada entrada do Brasil na OCDE ainda não vingou

Formalizado em 2017 e maior aposta do governo Jair Bolsonaro para a política externa, o pedido de adesão do Brasil à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) está parado desde então, apesar das reiteradas expectativas de que a candidatura brasileira fosse aprovada rapidamente.

Nesta semana, em Paris, uma nova oportunidade de avanço nas discussões surgiu no horizonte com a sinalização, feita pelos Estados Unidos, de que o ingresso de novos países é possível. Mas não se sabe ainda em que medida isso poderia favorecer o Brasil.

A queda de braço entre europeus e americanos sobre como deve ser a ampliação da entidade travou as negociações nos últimos anos.

Atualmente, seis países formalizaram pedidos de adesão à OCDE e aguardam há anos uma decisão sobre suas candidaturas: três sul-americanos (Brasil, Argentina e Peru) e três europeus (Croácia, Bulgária e Romênia).

Por enquanto, esse plano de Cormann não foi formalizado. Considerado mais cauteloso do que seu antecessor, o mexicano Angel Gurría – que chegou a estimar que a candidatura do Brasil seria aprovada ainda em 2017 e reiterou diversas vezes que o país era o mais bem posicionado para avançar rapidamente no processo de adesão – Cormann só deverá oficializar sua proposta de lançar a análise dos seis países ao mesmo tempo quando avaliar que há consenso suficiente.

A proposta de Cormann de iniciar ao mesmo tempo o processo das seis candidaturas já foi defendida pelos europeus. Mas o governo do ex-presidente Donald Trump questionava até que ponto a expansão da OCDE deveria ser feita.

Na visão americana sob a presidência de Trump, uma organização muito ampla dificultaria a tomada de decisões. Washington defendia uma abertura progressiva, de um a dois países, sem a garantia de que aceitaria os três candidatos europeus, como exige a União Europeia.

Na reunião ministerial da OCDE em Paris, nesta terça e quarta, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, declarou que “os Estados Unidos estão engajados em ver a organização continuar crescendo mais forte. Estamos prontos para trabalhar e construir um consenso para avançar.”

As declarações de Blinken foram interpretadas como uma sinalização importante para o desbloqueio das discussões. Foi a primeira vez que o governo de Joe Biden comentou publicamente o tema da ampliação da organização.

“Os países candidatos que compartilham nossos valores e atingem os altos padrões da OCDE podem prosseguir o caminho da adesão”, acrescentou Blinken, copresidente da reunião ministerial, no discurso de abertura do encontro.

Leia mais: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-58826796

Fonte: Por BBC News