PRF demite o diretor-executivo e o chefe da inteligência da corporação seis dias após morte de Genivaldo
Exonerações de Jean Coelho e Allan da Mota foram publicadas no ‘Diário Oficial da União’ desta terça-feira (31). Governo não informou o motivo das demissões.
Por Wellington Hanna e Kellen Barreto, TV Globo — Brasília
31/05/2022 06h50 Atualizado há uma hora
O diretor-executivo da Polícia Rodoviária Federal, Jean Coelho, segundo na hierarquia da corporação, e o diretor de inteligência, Allan da Mota Rebello, foram demitidos. As dispensas foram publicadas nesta terça-feira (31) no “Diário Oficial da União”.
Na semana passada, policiais rodoviários federais assassinaram Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, durante uma abordagem em Umbaúba (SE). Eles prenderam Santos dentro de uma viatura e soltaram spray de pimenta e gás lacrimogêneo no veículo.
As portarias com as exonerações foram assinadas pelo ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira. O governo ainda não anunciou os substitutos.
O g1 perguntou qual foi o motivo das exonerações à Casa Civil e à Polícia Rodoviária Federal, por e-mail, pouco antes das 7h, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.
A causa da morte apontada pelo Instituto Médico Legal (IML) de Sergipe foi asfixia e insuficiência respiratória.
No domingo (29), o Fantástico revelou os nomes dos três policiais envolvidos na abordagem: Kleber Nascimento Freitas, Paulo Rodolpho Lima Nascimento e William de Barros Noia. Eles foram afastados das funções, estão sendo investigados, e também respondem a um procedimento administrativo disciplinar.
Três dias depois da divulgação de parte do boletim sobre a morte de Genivaldo, a PRF disse que não compactuava com as medidas adotadas pelos policiais durante a abordagem e citou “indignação” diante do ocorrido.
Fonte: Wellington Hanna e Kellen Barreto, TV Globo — Brasília