Sylvinho diz que tem apoio da diretoria do Corinthians: “Sabemos exatamente o que estamos fazendo”
Técnico defende o trabalho após empate por 2 a 2 com o Inter, em Porto Alegre
O técnico Sylvinho falou na noite deste domingo sobre o seu momento no Corinthians, que não fez um bom primeiro tempo no Beira-Rio, saiu perdendo, conseguiu a virada, mas levou o gol do empate por 2 a 2 contra o Internacional nos acréscimos. Um resultado que manteve o time na sétima posição do Campeonato Brasileiro.
Muito pressionado no cargo, o ex-lateral disse que tem o respaldo da diretoria e defendeu o trabalho a longo prazo. No sábado, na véspera do jogo, ele completou cinco meses à frente do Timão.
– Claro que eu tenho o apoio da diretoria, claro que tenho o apoio do presidente, o que me vale é a palavra deles, que acompanham nosso trabalho todos os dias, sabem a demanda de horas a cada momento que nós estamos no clube. Praticamente vivemos ali, vai para casa só para dormir, mas é pertinente, é da função (a pressão). Sei disso desde que comecei a trabalhar. Faz dez anos.
– Joguei futebol 15 anos em grandes clubes de ponta e trabalho desde 2011 em comissão técnica. Incorporei comissão do melhor treinador da Europa hoje, Roberto Mancini, na Inter de Milão. Foram dois anos. Hoje é o treinador ganhador da Eurocopa com a Itália. Trabalhei com Tite por muito tempo no Corinthians e na seleção brasileira. Sabemos exatamente o que nós estamos fazendo.
O técnico afirmou que as críticas são desmedidas, já que o time segue com chances vivas de se classificar para a fase de grupos da Libertadores, o grande objetivo da temporada.
– O time faz um tempo grande que não está na tabela numa posição de briga direta pela vaga de Libertadores faltando dez rodadas. Nós somos um time que está se construindo, com a chegada de quatro atletas importantes, estamos gerindo, com atletas importantes de base. Estamos num momento importante da competição, defendemos o trabalho, pois sei exatamente o que eu estou fazendo. Não tenho dúvidas absolutas e não sou só eu, toda uma comissão, toda uma diretoria e presidência que é presente no CT. Esse é o trabalho, defendo o trabalho e a condição que o clube está. As últimas rodadas, a equipe está brigando em pé de igualdade com equipes como o Inter que há seis meses estava ali, disputando a final do Brasileiro. Um time forte, um estádio difícil, e estamos brigando pelas vagas diretas de Libertadores e vamos brigar até o final.
O técnico lamentou o gol de empate sofrido dos acréscimos, que tirou a chance de vitória:
– Esse resultado no Beira-Rio até o último minuto era nosso, com todos os méritos. O time fez uma boa partida, veio jogar num campo difícil, contra um adversário em há pouco tempo disputou até a última rodada o título brasileiro (de 2020), um time forte, com grandes jogadores. Viemos, tomamos um gol, começamos mal o jogo, demos a volta no marcador, que é algo muito difícil. O percentual de viradas no Brasileiro é baixo, as pesquisas mostram, é muito difícil você dar a volta, nós demos com méritos, com alterações, com a qualidade dos atletas, com mudanças destes atletas em campo. Então esse resultado não é o pior. O melhor era a vitória, e trabalhamos para vencer, mas no último minuto eles acertaram um chute e isso você não controla. Tu controla o trabalho, a motivação do atleta, a entrega e tudo foi feito. Em grande parte do jogo, estivemos melhores. Fizemos os dois gols, merecemos os dois gols, no último minuto tivemos um empate. Era um jogo de vitória.
Durante o segundo tempo, o técnico fez ajustes na escalação e pode manter três delas para a sequência da competição: Róger Guedes pela faixa esquerda do campo, com Renato Augusto como falso 9 e Gabriel Pereira pela meia-direita, abrindo vaga para outro externo.
– Quando falo dos cinco meses que fiz, do quanto se gasta no CT com cada atleta, com o grupo, isso se reflete. Até descobrir onde estava o Gabriel Pereira, que ele faz pelo lado direito, mas que ele faz a meia-direita. O Renato reintegrou o Corinthians, pode fazer um meio-campo, mas podia fazer esse centroavante falso, com retenção. Róger começou dentro e começou fora, onde faz muito bem. Isso é conhecimento de elenco, de atletas, esse é o tempo que muitas vezes os treinadores pedem. Se pode continuar? Isso dá clareza para o futuro. É você entender os atletas, e eles também te entenderem. Nosso ambiente é muito bom e a gente conversa muito com os atletas para poder otimizar, para ganhar tempo e colocá-los nas funções. No segundo tempo nossas alterações foram muito boas, e defendo Fernando Lázaro e Doriva que trabalham muito em cima de improvisações do jogo. E criamos uma situação muito favorável no jogo e de repente para o futuro. Pode-se usar? Pode-se usar dentro de um futuro próximo – disse o treinador.
O Corinthians volta a campo apenas contra a Chapecoense, dia 1º de novembro, na Neo Química Arena. Serão sete dias entre um jogo e outro, na partida que fechará a 29ª rodada.
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Fonte: Por Marcelo Braga — São Paulo