Vai usar o PIX na Black Friday? Veja como evitar furadas
É importante a conferência de todas as informações antes de concluir a transação.
O PIX, sistema de pagamentos instantâneos que completou um ano neste mês, deve ser bastante usado na Black Friday, principalmente porque o varejo tem dado bons descontos nas compras para quem faz a transferência bancária instantânea, além da facilidade e rapidez na compra.
Pesquisas mostram que o PIX será o terceiro meio de pagamento a ser utilizado na Black Friday, ficando atrás do cartão de crédito e boleto.
Mesmo que os pagamentos via PIX tenham menor chance de fraude, já que o cliente não fornece dados bancários para o pagamento, ainda assim, é preciso alguns cuidados.
Confira dicas para não cair em armadilhas ao utilizar o PIX na Black Friday:
Desconfie sempre
Os golpes através do PIX têm se tornado cada vez mais sofisticados – por isso, é importante a conferência de todas as informações. Cuidado com links que chegam de desconhecidos por meio de redes sociais, WhatsApp, e-mail ou SMS pedindo cadastro ou oferecendo brindes e descontos. Desconfie das promoções que parecem boas demais para ser verdade.
“Uma das formas mais utilizadas pelos golpistas, atualmente, é o chamado phishing, ou pescaria digital. Através de links que levam a uma página falsa na internet, comumente muito parecida com a de uma loja conhecida ou até mesmo um banco, criminosos roubam senhas e dados pessoais dos consumidores para realização de compras e transferências eletrônicas”, explica Andrew Martinez, CEO da empresa de cibersegurança HackerSec.
Outro ponto crucial é checar a reputação das lojas online, em sites como do Reclame Aqui ou no Consumidor.gov.br, antes de fechar a compra. Por meio deles, é possível verificar a opinião de outros clientes e o nível de satisfação da loja.
Não pague fora da plataforma de e-commerce
Caso esteja comprando em uma loja online ou marketplace, é importante que a compra seja finalizada no mesmo lugar, seja no site ou aplicativo. Assim, há garantia de ressarcimento caso a encomenda não chegue. Se o vendedor pedir para finalizar a transação em outro ambiente ou para transferir o dinheiro, desconfie.
“O PIX ajudou a melhorar nossa experiência na hora da compra, principalmente online. Em contrapartida, a facilidade também chega aos fraudadores, que agora têm mais uma ferramenta para alimentar seus esquemas fraudulentos. Por isso, é preciso estar sempre atento” explica Ralf Germer, CEO da fintech de pagamentos em e-commerce PagBrasil.
Coloque um limite para suas transações
Mesmo que haja a intenção de fazer alguma transação de alto valor, é preciso estabelecer um limite para transferência por PIX.
Alberto André, CEO da fintech Plusdin, recomenda não ter um limite alto de transferências por PIX. Se o valor a ser transferido for mais alto que o limite, a dica é negociar para fazer duas transferências.
“É preciso ainda ficar atento aos dados de quem vai receber a transferência antes de confirmar a transação. Assim, evita cair em golpes que pedem dinheiro com o nome de uma pessoa, mas usam a conta bancária com dados diferentes”, alerta.
Não faça transferências em redes públicas de wi-fi
Economizar o pacote de dados móveis através de redes públicas é uma facilidade encontrada em diversos estabelecimentos e locais públicos. No entanto, essa economia pode sair bem cara.
Conectar-se a um wi-fi de uso coletivo faz com que o usuário se exponha de forma perigosa, e fazer determinadas transações aumenta ainda mais a exposição, como por exemplo, acessar a conta bancária.
“Para ter sempre os dados protegidos, o ideal é usar o aplicativo do banco com o próprio pacote de dados ou uma rede de wi-fi de uso privado”, recomenda Eduardo Tardelli, CEO da upLexis, empresa especializada em mineração de dados.
Cuidado com QR codes falsos
O QR code é uma ferramenta que agiliza a compra: nele, já estão disponíveis o destino da transação e o valor do pagamento. Apesar de reduzir em alguns segundos o processo de pagamento, é preciso certificar-se de que o valor está correto, bem como o destino do pagamento, antes de concluir a operação.
Paulo Castro, CEO e cofundador do Contbank, fintech especializada em produtos para PMEs, alerta que algumas pessoas aumentam o valor ou usam o QR code para direcionar o consumidor para uma conta falsa.
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Fonte: Por Marta Cavallini, g1