Pix Saque e Pix Troco: BC anuncia novas modalidades do Pix; veja como elas funcionam
Novas opções estarão disponíveis a partir de 29 de novembro e serão adicionais aos serviços que o consumidor já tem hoje
SÃO PAULO – O Banco Central (BC) anunciou nesta quinta-feira (2) que duas novas funcionalidades do Pix, sistema de pagamentos instantâneos, chegam ao público a partir de 29 de novembro deste ano. São elas: o Pix Saque e o Pix Troco.
Os recursos anunciados fazem parte da agenda evolutiva do sistema criado pelo BC. Foram confirmados em 24 de agosto, durante a reunião da Diretoria Colegiada da entidade, que aprovou alterações no Regulamento do Pix.
Ângelo Duarte, chefe do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro (Decem), ressaltou que tanto a opção saque quanto o troco serão serviços adicionais para os cidadãos. “A ideia é dar mais conveniência, para que o cliente tenha acesso facilitado ao dinheiro em espécie”, diz.
Além disso, o BC acredita que as novas funcionalidades do Pix são instrumentos que estabelecimentos podem trazer como diferencial em seus negócios, atraindo mais público.
Como vai funcionar
Carlos Eduardo Brandt, chefe da Gerência de Gestão e Operação do Pix, explicou como vai funcionar cada recurso. Confira:
Pix Saque
O Pix Saque permitirá que todos os clientes de qualquer instituição participante do Pix realizem saques em dinheiro em um dos pontos que ofertar o serviço.
O serviço vale para estabelecimentos comerciais, redes de caixas eletrônicos compartilhados e participantes do Pix com caixas eletrônicos próprios.
Para ter acesso aos recursos em espécie, basta que o cliente faça um Pix para o agente de saque, em dinâmica similar à de um Pix normal, a partir da leitura de um QR Code mostrado ao cliente ou a partir do aplicativo do prestador do serviço.
Pix Troco
No Pix Troco, a dinâmica é bem similar. A diferença é que o saque de recursos em espécie pode ser realizado durante o pagamento de uma compra ao estabelecimento. Nesse caso, o Pix é feito pelo valor total (compra + saque). No extrato do cliente aparecerá o valor correspondente ao saque e ao valor da compra.
Em ambos os casos, a oferta aos consumidores é opcional, mesmo se o estabelecimento ou instituição financeira já usa Pix para outro fim. Assim, será prestador do serviço de Pix Saque e Pix Troco quem achar que faz sentido para o negócio, segundo Brandt.
O limite máximo das transações do Pix Saque e do Pix Troco será de R$ 500 durante o dia, e de R$ 100 no período noturno (das 20 horas às 6 horas). Esses valores são somatórios. Os estabelecimentos e demais instituições que forem oferecer os recursos podem trabalhar com limites inferiores a esses valores, caso considerem mais adequado. Também poderão escolher o horário que vão ofertar os serviços e as notas que vão disponibilizar para o saque e troco.
Vale lembrar que, na última semana, o BC anunciou novos limites noturnos para as transações com Pix diante da onda de golpes, fraudes e até mesmo sequestros relâmpagos que vêm sendo registrados no país. Entre 20h e 6h, somente estão autorizadas transações limitadas a R$ 1.000 (saiba mais aqui).
O BC ressaltou que o período até o dia 29 de novembro será reservado para testes, a fim de iniciar o funcionamento sem fricções.
Sem custos para o consumidor
Ainda, não haverá cobrança de tarifas para clientes pessoas naturais nem empresários individuais (MEIs) em até 8 operações por mês. Ao passar disso, o valor de cobrança será definido pelo banco do usuário que fizer o Pix Saque.
Fonte: Por Giovanna Sutto, Info Money