Athletico para em ferrolho do Estudiantes e deixa decisão aberta na Libertadores; análise
Furacão acha poucos espaços e cresce no segundo tempo, mas fica no 0 a 0 com o Pincha na Arena da Baixada. Athletico decide vaga à semifinal na quinta-feira, em La Plata
Por Guilherme Moreira — Curitiba
05/08/2022 05h00 Atualizado há 3 horas
O Athletico ficou no empate sem gols contra o Estudiantes na quinta-feira, na Arena da Baixada, pelo jogo de ida, e deixou em aberto as quartas de final da Libertadores.
A partida de volta está marcada para 11 de agosto, quinta, às 21h30, no Jorge Luís Hirschi, em La Plata, na Argentina. O vencedor do confronto pega Atlético-MG ou Palmeiras na semifinal.
O Furacão pressionou, especialmente na etapa final, mas não conseguiu levar vantagem. A equipe atleticana teve um pênalti e um gol anulados pela arbitragem, um em cada tempo, ambos após o VAR intervir nas jogadas.
Já o Pincha se segurou bem na defesa, com poucos espaços oferecidos, e ainda levou alguns perigos, principalmente nas bolas aéreas. Um resultado que mostrou o equilíbrio no confronto.
Tivemos uma participação boa, jogamos, criamos. Vamos jogar com a nossa equipe em condições de fazer com a equipe adversária sinta a nossa qualidade também. Temos a possibilidade de vitória, como eles também podem ter. São equipes muito iguais, embora de características diferentes. Um jogo em aberto.
O Athletico viu um Estudiantes marcar no 5-4-1 e bloquear as suas ações. Com pouco espaço, a equipe rubro-negra não tinha a paciência para abrir o adversário e pouco incomodou no primeiro tempo. As duas chegadas mais perigosas foram de bola parada.
Khellven cruzou, Cuello evitou a saída na segunda trave e mandou de cabeça para trás. A bola bateu no braço de Godoy, e o árbitro Jesús Valenzuela (VEN) marcou o pênalti, mas depois volta atrás pelo VAR, comando por Julio Bascuñan (CHI). Depois, de falta, Khellven e Cuello obrigaram a Andújar fazer boas defesas.
O Estudiantes, que enfrentou um 4-4-2 defensivo do Furacão, incomodou na transição rápida pelo lado de Abner. Castro recebeu pela direita e chutou para fora. Na bola aérea, principal arma argentina, os comandados de Felipão ficaram em três na pequena área, com o resto na marcação individual. Lollo, em uma delas, só não marcou pela ótima intervenção de Bento.
Na volta do intervalo, o Athletico tentou ser mais agressivo e seguia sem oferecer alternativas ofensivas diante de atuações abaixo de Terans e Canobbio. Assim, a alternativa foi chutar de fora da área, com Cuello, Terans e Fernandinho, todas sem perigo.
Em erros na saída de bola, Piatti teve duas oportunidades em sequência: bateu uma em cima de Bento e na outra deu um toque por cobertura para fora. Felipão, então, colocou Vitor Roque e Alex Santana, e o time atleticano melhorou. Cittadini e Vitinho foram acionados na sequência e também contribuíram no crescimento.
Roque passou a se movimentar muito na última linha do Estudiantes e abriu lacunas, com Khellven mais acionado. O lateral cruzou para Cittadini desviar de cabeça rente à trave, Fernandinho cabecear e Pedro Henrique completar para fora, e em outros dois chutes travados pelo sistema adversário.
De tanto insistir, Khellven bateu escanteio, Roque errou a cabeçada e voltou para ele cruzar na cabeça de Thiago Heleno. O zagueiro balançou as redes, mas a checagem do VAR apontou impedimento do lateral. No fim, de falta, Khellven passou perto do gol, enquanto Pellegrino fez o mesmo após Pedro Henrique cortar mal a bola.
Se conseguíssemos sair daqui com o resultado positivo e levássemos a disputa para a Argentina, seria muito melhor. O resultado não se controla, mas você controla a forma que você entra em campo. Na próxima semana, o time estará muito mais preparado para buscar essa classificação.
Fonte: Guilherme Moreira — Curitiba
