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China pede que Rússia e Ucrânia retomem negociações de paz

Ministério das Relações Exteriores chinês divulgou documento com 12 pontos para ‘solução política’ para o conflito.

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Por France Presse — São Paulo

24/02/2023 03h40  Atualizado há 46 minutos

China pediu à Rússia e à Ucrânia que retomem as negociações de paz o mais rápido possível e alertou que armas nucleares não devem ser usadas no conflito, de acordo com um documento divulgado nesta sexta-feira (24), no primeiro aniversário do início da guerra.

“Todas as partes devem apoiar a Rússia e a Ucrânia a trabalhar na mesma direção e retomar o diálogo direto o mais rápido possível”, declarou o Ministério das Relações Exteriores chinês, em um documento de 12 pontos para uma “solução política” para o conflito.

Pequim também rejeitou o uso de armas nucleares, dias depois que o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou a suspensão de sua participação em um tratado de desarmamento nuclear com os Estados Unidos.

“As armas nucleares não devem ser usadas e as guerras nucleares nunca devem ser travadas. A ameaça ou uso de armas nucleares deve ser combatida”, acrescentou o documento.

O texto também enfatiza a necessidade de proteger os civis: “As partes no conflito devem respeitar estritamente o direito humanitário internacional e evitar atacar civis ou instalações civis”.

China tentou se posicionar como parte neutra no conflito, embora mantenha laços com Moscou, seu aliado estratégico.

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O chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, se reuniu na capital russa na quarta-feira (22) com Putin e seu ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, durante uma visita para apresentar sua “solução política” para a guerra.

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, disse nesta quinta (23) que não tinha visto o plano de paz da China e queria se reunir com representantes de Pequim para discutir a proposta antes de oferecer seus pontos de vista.

“Acho que é um fato muito positivo em geral que a China comece a falar sobre a Ucrânia e a enviar sinais”, disse Zelensky.

Desde o início da invasão russa, a China ofereceu apoio diplomático e financeiro a Putin, mas se absteve de qualquer envolvimento militar ou envio de armas ao aliado.

Fonte:  France Presse — São Paulo

https://g1.globo.com/mundo/ucrania-russia/noticia/2023/02/24/china-pede-dialogo-entre-russia-e-ucrania-e-alerta-contra-uso-de-armas-nucleares.ghtml