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Daniel Alves: testemunha diz que também foi apalpada pelo jogador em boate

Lateral está preso preventivamente em Barcelona por suspeita de agressão sexual; suposta vítima afirma que foi violentada no banheiro de uma casa noturna

Por O Globo e agências internacionais

24/01/2023 08h15  Atualizado há 22 minutos

Uma amiga da suposta vítima de Daniel Alves disse em depoimento à Justiça espanhola que foi apalpada violentamente pelo brasileiro. A denunciante, uma jovem de 23 anos, estava acompanhada de duas pessoas. E uma delas afirmou que o jogador passou a mão em suas partes íntimas e parou apenas quando ela conseguiu se desvencilhar e ir embora.

Daniel Alves está preso preventivamente desde a última sexta-feira. Ele é investigado por suspeita de crime de agressão sexual. A denunciante contou às autoridades espanholas que foi abusada sexualmente no banheiro da boate Sutton, casa noturna badalada da cidade. Daniel, por sua vez, afirmou que a relação foi consensual.

O jornal espanhol “La Vanguardia” teve acesso ao depoimento. De acordo com a publicação, o relato da testemunha coincide com a descrição feita pela suposta vítima, que contou ter visto a abordagem de Daniel Alves à sua amiga e prima em um momento no qual estava mais distante. “Foi quando percebi como ele tocava minhas amigas e o quanto estava próximo”, afirmou.

Durante o último mês, os policiais da Unidade Contra Violência Sexual (UCAS) colherem os relatos de dezenas de pessoas que estiveram na noite de 30 de dezembro na boate Sutton e ainda tentam localizar mais possíveis testemunhas. Os investigadores também analisaram imagens de câmeras de segurança.

Garçom convidou trio para ir à mesa do jogador

Segundo o jornal, um garçom da área vip da boate tentou por duas vezes “com demasiada insistência” convencer as três mulheres a sentarem à mesa de Daniel Alves.

A denúncia foi aceita pela Justiça do país no último dia 10, e o jogador foi detido no dia em que compareceu voluntariamente para prestar depoimento, em Barcelona, sem direito a fiança. A suposta vítima acusa o jogador de agredí-la sexualmente no banheiro da boate Sutton, casa noturna badalada da cidade. Daniel, por sua vez, afirmou que a relação foi consensual.

Enquanto prepara sua defesa, o jogador de 39 anos terá que lidar com evidências que pesam contra sua versão dos fatos. Da contradição no depoimento aos vídeos divulgados pela boate, confira o que pode pesar contra o jogador.

Contradição no depoimento de Daniel

Segundo o jornal “El Periodico”, de Barcelona, o jogador mudou sua versão sobre o caso em depoimento ao Tribunal de Justiça, o que não caiu bem para o júri do caso. Dias antes, havia alegado desconhecer a vítima à polícia e em entrevista a um programa espanhol. No depoimento, porém, teria afirmado que houve a relação, mas alega que foi consensual. Segundo a rádio espanhola “Cadena Ser”, a defesa do jogador pede um novo depoimento.

Depoimento contundente da mulher

Ao mesmo tempo, a o júri viu na suposta vítima um depoimento sem contradições, coerente com o que foi descrito por ela à polícia no dia 2 de janeiro. “O auto de prisão dá plena credibilidade à mulher, cuja declaração foi “contudente” e “persistente”, sem contradições. No juizado, explicou o mesmo que havia detalhado no dia 2 de janeiro, três dias depois dos acontecimentos, quando apresentou a denúncia”, explica o jornal “El País”.

Exames

Além dos depoimentos, a suposta vítima também passou por exames médicos no Hospital Clínic após deixar a boate. Os laudos médicos e o vestido foram entregues aos investigadores. Segundo a imprensa espanhola, foi detectada a presença de sêmen em seu vestido.

Câmeras de segurança

As câmeras da boate Sutton são um elemento importante para as autoridades que investigam o caso. Além de mostrar a suposta vítima em situação de fragilidade após a volta do banheiro da boate, o circuito interno teria registrado, segundo o “El Periodico”, que a mulher de 23 teria ficado por cerca de 15 minutos no banheiro.

Tatuagem

A evidência mais recente do caso foi revelada pelo jornal “El Mundo” nesta segunda-feira. Segundo o diário, a descrição de uma tatuagem íntima do jogador pela suposta vítima teria sido elemento importante para a determinação de sua prisão. A menção à tatuagem se chocou com a versão inicial do jogador de que ele teria permanecido vestido no episódio, diz o jornal.

Fonte: O Globo e agências internacionais

https://oglobo.globo.com/esportes/noticia/2023/01/daniel-alves-testemunha-diz-que-tambem-foi-apalpada-pelo-jogador-em-boate.ghtml