Datafolha: QG de Bolsonaro comemora cenário de 2º turno, e QG de Lula intensifica ofensiva por vitória no 1º turno
O ex-presidente está com 45% das intenções de voto, seguido pelo atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), com 32%. Ciro Gomes (PDT) tem 9% e Simone Tebet (MDB) tem 5%.
02/09/2022 08h47 Atualizado há 19 minutos
A pesquisa Datafolha divulgada na quinta-feira (1º) mostra estabilidade entre os dois líderes nas pesquisas, Lula (PT) e Bolsonaro (PL).
No QG de Lula, a avaliação é de que a pesquisa sinaliza que há um teto para os efeitos eleitorais do Auxílio Brasil e das outras medidas econômicas que visam a reeleição de Bolsonaro e que os desafios continuam os mesmos: furar o teto imposto pelas resistências dos setores médios e avançar junto aos evangélicos.
O foco de Lula, agora, é intensificar a ofensiva junto a mulheres evangélicas para tentar garantir uma vitória no primeiro turno. A estratégia será dizer que Bolsonaro mentiu ao prometer R$ 600 e prever R$ 405 de Auxílio Brasil, além de investir nas críticas à política armamentista de Bolsonaro – que afasta o eleitorado feminino.
O ex-presidente está com 45% das intenções de voto no primeiro turno da eleição presidencial, seguido pelo atual presidente, com 32%. Ciro Gomes (PDT) tem 9% e Simone Tebet (MDB), 5%.
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Em relação ao Datafolha anterior, de 18 de agosto, Lula oscilou dois pontos para baixo, Bolsonaro se manteve estável, Ciro oscilou dois pontos para cima e Tebet cresceu três pontos percentuais — ela foi a única dos quatro candidatos a variar para além da margem de erro.
Para petistas, o debate impactou no desempenho de Simone Tebet e Ciro Gomes – mas não creem em alteração que mostre mudança de cenário eleitoral no próximo período.
“Com o acirramento das estratégias para diminuir rejeições e estimular a dos adversários, setembro será decisivo para definir quando o resultado final ocorrerá – se no primeiro ou no segundo turno – sabendo que, neste, a rejeição vale mais que a aceitação acumulada.
“Será um setembro sangrento”, diz um coordenador da campanha de Lula ao blog.
Reeditar 2018
A equipe do atual presidente comemora o cenário que indica possibilidade de 2º turno. Por isso, a estratégia será reeditar 2018, ou seja, associar Lula à corrupção e investir na pauta de costumes numa disputa isolada com Lula.
O PT deve em focar nas investigações de compra de imóveis em dinheiro vivo pela família Bolsonaro.
Outra estratégia é poupar Ciro Gomes, para não ter voto útil a Lula no 1º turno e excluir de vez a possibilidade de 2º turno.
A avaliação da equipe de Lula é que a economia – crescimento do PIB e queda dos preços de combustíveis – pode ajudar Bolsonaro num eventual segundo turno – por isso, trabalham também para encerrar a campanha no primeiro turno.
Fonte: Andréia Sadi