Diniz valoriza goleada em cima do Bangu: “Melhor partida do Fluminense na temporada”
Treinador também explica hierarquia na cobrança dos pênaltis no time após vitória por 5 a 0
Por Redação do ge — Rio de Janeiro
04/03/2023 18h49 Atualizado há 3 horas
O técnico Fernando Diniz valorizou muito a goleada por 5 a 0 em cima do Bangu, na tarde deste sábado, no Mané Garrincha, em Brasília, pela última rodada do Campeonato Carioca. Em entrevista coletiva após o jogo, o treinador se mostrou muito satisfeito com a postura da equipe e avaliou que foi a melhor atuação coletiva em 2023.
– Foi a melhor partida do Fluminense na temporada, fruto de muito trabalho, respeito e humildade com a equipe do Bangu, que acho um dos times mais bem treinados do Campeonato Carioca. O Felipe tem um futuro enorme pela frente. É um cara ousado. A gente estudou muito o time deles. Eles tiveram a predominância da posse na maioria dos jogos mesmo com pouco investimento. Temos que parabenizar. Coube a nós a humildade de marcar muito forte. O diferencial do Fluminense, hoje, foi ter marcado muito bem e depois foi consequência da marcação. A equipe teve soberania no jogo e pôde conseguir a vitória.
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Fernando Diniz também explicou como funciona a hierarquia na cobrança de pênaltis no time ao ser perguntado sobre os cobradores do jogo. Arias e Cano bateram uma penalidade cada. Os dois converteram as cobranças em gols.
– Temos uma hierarquia de batedores que é essa: Ganso, Arias e Cano e provavelmente o Keno também. O Cano é um batedor de pênaltis e, por algum motivo, no Fluminense, tem o Ganso que bate melhor e o Arias. O Ganso deu a bola para o Arias e quem estiver se sentindo melhor ali… Se estivesse 0 a 0 talvez o Ganso teria batido, mas como ele já tinha feito um gol… Mas eles têm um aproveitamento muito grande. São três jogadores que têm muito estofo. O cara certo para bater é o cara certo para perder também.
Arias comemora gol do Fluminense contra o Bangu — Foto: Mateus Bonomi/AGIF
– Se qualquer um deles perdesse o pênalti hoje, não teria a repercussão que teve aquele do Calegari. O Ganso já tinha feito um gol de falta, o Arias estava bem no jogo, tem um aproveitamento grande, então era ok bater. No Cano, como é um cara que bate bem e tenho muita confiança, além de disputar artilharia e o placar já estava mais ou menos definido, foi uma série de coisas que achei interessante ele bater. Ele também tem uma chance grande de fazer o gol. Não foi nada que não tinha pensado. Foi uma lógica que acho que a gente conseguiu colocar o Cano para bater o pênalti sem arriscar a nossa vitória em nada.
O treinador falou ainda da expectativa pela chegada do lateral Marcelo. Para Diniz, é um retorno que tem tudo para dar certo por toda a qualidade do jogador.
– Acredito que aquilo que o Marcelo construiu na carreira tem muito a ver com o que acreditamos ser o futebol. É um jogador técnico, habilidoso, inteligente, corajoso para jogar e até plástico porque joga de uma maneira muito bonita. Ele mostra, cada vez mais, o interesse e vontade de chegar. É uma combinação que tem tudo para dar certo.
Com 22 pontos, o Fluminense aparece em segundo na tabela de classificação, com um ponto a menos e um jogo a mais que o líder Flamengo, que enfrenta o Vasco neste domingo. O Flu agora está seis pontos à frente do Botafogo, que ainda joga na rodada, e é o primeiro clube fora da zona de classificação. A equipe comandada por Fernando Diniz tem ainda nove gols de saldo a mais que o rival Alvinegro. O Tricolor volta a campo na próxima quarta-feira, para disputar o Fla-Flu 441, às 21h10, no Maracanã.
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Cano comemora mais um gol do Fluminense contra o Bangu — Foto: Mateus Bonomi/AGIF
Alexsander na lateral esquerda e possibilidade de Marcelo
– Coloco para jogar aquilo que acho que tem de melhor e os melhores jogadores. Como o time tem uma maneira singular de jogar, ele tem uma chance de acomodar os jogadores que vivem o melhor momento. Independente de o jogador ser da posição ou não, para fazer aquilo que tem que fazer, acho que o Alexsander foi o mais adequado. Ele consegue entregar muita coisa. A origem do Alexsander na base, acho que era lateral-esquerdo. Depois ele chegou a ser ponta e hoje a posição dele, mas não é que seja a de origem, mas sim a que mais jogou nos últimos anos como primeiro e segundo volante. Ele é um jogador que tem características que eu gosto muito, como o Martinelli, que é um garoto que consegue exercer mais de uma função no campo e dá conta. É um jogador moderno, tudo que o futebol de hoje necessita. O moleque está de parabéns e tem um futuro brilhante pela frente.
Carinho da torcida
– É muito gostoso, uma alegria muito grande. Tenho uma ligação cada vez mais forte com a torcida. Não teve início na minha vinda para cá. Em 2019, mesmo com o time tendo dificuldade para vencer, mas o time jogando bem, acabava despertando um tipo de orgulho no torcedor. Hoje, poder ouvi-los gritar meu nome é uma enorme satisfação e uma honra.
Menção no New York Times
– Eu não li de maneira integral, até porque estava em inglês e tem termos mais difíceis, mas deu para entender o contexto geral da coluna. Não acredito que o Fluminense tem um jogo parecido com o do Real, que acabamos assistindo mais. O Spaletti (técnico do Napoli) também tem um jogo interessante, mas não vejo com muita semelhança daquilo que fazemos aqui. Jogamos de uma maneira complexa, mas que se adapta conforme os times jogam. Os times estudam o Fluminense e vamos aprendendo com aquilo que os adversários colocam como dificuldade e enriquece a maneira do time jogar. Não existe uma única lógica de jogar. Às vezes joga mais pelo lado direito ou esquerdo. Hoje, jogamos de maneira mais aberta, usando bola longa e cruzamentos rápidos na área. Temos que procurar melhorar no futebol. Um campo com essas dimensões, com 11 homens de cada lado interagindo, todo mundo acha que sabe um pouco de futebol. A margem de crescimento para todos que têm força de vontade, coragem e trabalho com transpiração, todos podem fazer muita coisa no futebol. Todo mundo acaba sabendo um pouco de futebol, ainda tem muita coisa para evoluir para todo mundo que milita no futebol desenvolver.
Arias comemora gol do Fluminense contra o Bangu — Foto: Mateus Bonomi/AGIF
Opinião sobre consultoria tática individual para alguns jogadores
– Não sei se isso confere, porque tenho proximidade grande com André e Nino e para mim é novidade o que está dizendo. Tudo, fora do contexto, pode ter coisas que ajudam e que não ajudam. Se tiver alguém ajudando, que tenha conhecimento e consegue ajudar o jogador nesse caso específico. Mas, como em outras áreas, tem gente de fora que pega o jogador e também atrapalha. Mas, se tiver ajudando eu acho ótimo. Não posso falar muito porque não sabia e não sei se corresponde à realidade. Vou procurar saber.
Jogar contra o Felipe
– Ele é um amigo que tenho de muito tempo, tenho um respeito muito grande e fazer o que ele faz com o Bangu é digno de nota. Se pegarmos os jogos, sem ser do Fluminense, é o time mais interessante de se ver jogar, sem investimento, com as dificuldades que tem o Bangu. Ele despertou um respeito muito grande. Nós trabalhamos muito para jogar contra o Bangu, muito. Marcamos forte e tivemos muita humildade para poder jogar com o Bangu. Por isso que conseguimos vencer com um placar bom. O Bangu é um time que tem muita coragem, que nem o treinador. Agora (para ele) é insistir. Tive um processo semelhante, comecei em times muito pequenos, comecei no Votoraty, depois fui construindo minha carreira. Tenho certeza que o Felipe tem um futuro brilhante pela frente.
Parte tática
– Nos preparamos também para o adversário conseguir marcar nosso jogo mais curto e a alternativa de espaçar um pouco mais o campo. Não é que estivesse programado para hoje, mas é uma maneira que temos de treinar outras situações. No segundo tempo voltamos a fazer um pouco mais de construção mais curta. O time tem que ter mais de uma maneira de jogar e hoje encaixava um pouco melhor ter um pouco mais de amplitude com dois jogadores que têm bastante jogo individual que são Keno e Arias.
Fonte: Redação do ge — Rio de Janeiro