Homem que mais enriqueceu em 2022 perde US$ 8,2 bilhões em um dia e sai do grupo dos 10 mais ricos do mundo
O indiano Gautam Adani teve um aumento de US$ 33,8 bilhões em sua fortuna no último ano, desbancando Bill Gates e entrando no top 3 homens mais ricos do mundo. No entanto, problemas com seu grupo empresarial o fizeram perder bilhões de dólares.
Por Bruna Miato, g1
31/01/2023 03h55 Atualizado há uma hora
Gautam Adani, homem mais rico da Ásia e quem mais enriqueceu em 2022, perdeu o acesso a um grupo bastante seleto: o das 10 pessoas mais ricas do mundo. Com base no fechamento dos pregões das bolsas de valores globais nesta segunda-feira (30), o indiano perdeu US$ 8,21 bilhões – cerca de R$ 42 bilhões – em um único dia e caiu para a 11ª posição do ranking de bilionários da Bloomberg.
Atualmente, a fortuna do fundador do Adani Group (conglomerado de sete empresas que vão de operações portuárias na Índia a minas de carvão na Austrália) é estimada em US$ 84,4 bilhões. Apesar do alto valor, há poucos meses, em setembro de 2022, essa fortuna era de US$ 150 bilhões.
A queda mais acentuada da fortuna do bilionário, entretanto, é recente. De acordo com o ranking da Bloomberg, há uma semana, em 23 de janeiro, Adani ainda possuía cerca de US$ 120 bilhões – uma queda de US$ 35,6 bilhões em sete dias.
LEIA MAIS
- ENTENDA: Como Gautam Adani, homem mais rico da Ásia, conseguiu aumentar espetacularmente sua fortuna
- RANKING: Confira quem foram as pessoas que ficaram mais ricas em 2022
Por que Gautam Adani está perdendo dinheiro?
A forte baixa do patrimônio do magnata indiano é decorrente do derretimento das ações de seu grupo empresarial nas bolsas de valores.
Na semana passada, a empresa de investimentos Hindenburg Research afirmou que o grupo desenvolveu um “sistema de fraude na contabilidade durante décadas”, manipulando os lucros “para manter a aparência de boa saúde financeira e de solvência” de todas as suas filiais de capital aberto listadas em bolsa.
Uma das principais subsidiárias do grupo, a Adani Enterprises, despencou cerca de 15% na bolsa de Nova York desde então.
Depois do relatório da Hindenburg apontando supostas fraudes nas empresas de Adani, o grupo rebateu as acusações e disse que elas foram “mal-intencionadas” – o que ainda não foi suficiente para reverter a queda no preço dos papéis das subsidiárias da empresa ou amenizar a baixa na fortuna do bilionário indiano.
Fonte: Bruna Miato, g1