Inflação inédita em 20 anos deixa geração de jovens sem perspectiva
Desde o período entre os meses de novembro de 2002 e 2003 o país não experimenta um surto inflacionário como o atualCarolina Nalin, Camilla Alcântara e Taís Codeco*18/04/2022 – 08:25 / Atualizado em 18/04/2022 – 08:26
RIO – Jovens hoje com entre 20 e 30 anos de idade experimentam pela primeira vez inflação alta, prolongada e dispersa entre os preços de vários produtos e serviços regulares, de transportes a alimentos.
Em março, a inflação medida pelo IPCA atingiu 11,3% no acumulado em 12 meses. Foi o sétimo mês consecutivo em dois dígitos. É cenário que não se via desde o surto inflacionário registrado entre os meses de novembro de 2002 e 2003, sob influência do dólar.
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Para os jovens que se mantêm sozinhos, principalmente, pesa ainda o alto desemprego. Nascidos na estabilidade do Plano Real, e por isso sem qualquer memória de um país com realidade inflacionária, são os com maior dificuldade para encontrar uma vaga no mercado de trabalho e ampliar a renda.
Há um ano, o estudante de História Gabriel Masello, de 21 anos, por exemplo, deixou a casa dos pais, em Niterói, para morar mais perto da escola em que trabalha, no Rio. O que parecia o início de uma vida independente exigiu uma adaptação. A alta dos custos domésticos o obrigou a dividir o apartamento alugado com um amigo, que vive as mesmas agruras.
Para entender o desafio enfrentado pelos mais jovens para encaixar despesas regulares como aluguel, luz e alimentação no orçamento em meio à alta da inflação, leia e reportagem completa, exclusiva para assinantes do GLOBO. (*Estagiária, sob a supervisão de Alexandre Rodrigues)
Fonte: Carolina Nalin, Camilla Alcântara e Taís Codeco*