Lula e Lewandowski marcam conversa para tratar da sucessão no STF
Por Lauro Jardim
24/02/2023 05h53 Atualizado há 3 horas
Será em março a primeira conversa a sério entre Lula e Ricardo Lewandowski a respeito do seu sucessor no STF. O dia não foi marcado. Mas ambos combinaram que tratariam do assunto um mês antes da aposentadoria do ministro, que acontecerá no fim de abril.
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Lewandowski trabalha para que Lula escolha seu ex-chefe de gabinete e atual diretor jurídico da CSN, Manoel Carlos de Almeida, de 43 anos. O ministro é um eleitor forte. No auge dos problemas de Lula com a Lava-Jato, nunca faltou ao presidente. Suas decisões eram sempre favoráveis a ele.
Embora existam muitos pretendentes à vaga, os favoritos continuam sendo o indicado de Lewandowski e Cristiano Zanin, advogado dede Lula durante todo o processo da Lava-Jato.
Mais de um interlocutor de Lula já o ouviu dizer que o principal critério para a tomada de decisão é que “o escolhido seja de minha absoluta confiança”. Um critério muito particular. A Constituição exige apenas que o ministro do STF tenha entre 35 e 65 anos, seja brasileiro nato, reputação ilibada e notável saber jurídico.
Pelo parâmetro demarcado por Lula, Zanin tem larga vantagem sobre qualquer pretendente ao posto. Um interlocutor que prefere outro candidato lembra, com sutileza matreira, que Lula já disse mais de uma vez nos últimos meses que “o Zanin é o meu candidato do coração”. E completa: “O fato é que às vezes nem um presidente consegue indicar o seu candidato do coração”.
Mas, lembra outro interlocutor envolvido com a questão, Lewandowski também é de “absoluta confiança” de Lula — e ele botará a mão no fogo por seu ex-assessor.
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Fonte: Lauro Jardim