Operação dos EUA na Síria deixa 13 mortos; Pentágono diz que missão ‘foi um sucesso’
Observatório Sírio para os Direitos Humanos diz que 7 dos 13 mortos eram civis (3 mulheres e 4 crianças). É a maior operação americana no país desde a morte de líder do Estado Islâmico, em 2019.
Por g1
03/02/2022 06h20 Atualizado há uma hora
Forças especiais dos Estados Unidos realizaram uma operação antiterrorista no noroeste da Síria nesta quinta-feira (3), anunciou o Pentágono. O alvo seria um líder jihadista.
A missão deixou 13 mortos, incluindo 7 civis (3 mulheres e quatro crianças), segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), uma ONG que tem uma ampla rede de informantes no país.
É a maior operação de forças americanas na Síria desde outubro de 2019, quando foi morto Abu Bakr al-Baghdadi, líder do grupo extremista Estado Islâmico.
Militares americanos pousaram de helicóptero perto de acampamentos de deslocados na cidade de Atme, na província de Idlib. Tiros e explosões foram ouvidos durante a ação, que durou duas horas.
A agência de notícias France Presse diz que o alvo foi uma construção de dois andares, em uma área cercada por árvores, e parte do prédio foi destruída no ataque
O Pentágono afirmou que forças especiais “executaram uma missão antiterrorista durante a noite no noroeste da Síria” e “a missão foi um sucesso”. “Não houve vítimas entre as forças americanas”.
Guerra civil na Síria
Os acampamentos superpopulosos de Atme, perto da fronteira com a Turquia, estariam sendo utilizados de base pelos líderes extremistas, que se escondem entre os deslocados.
Idlib é uma região no noroeste da Síria que não é controlada pelo ditador Bashar al-Assad. Grupos extremistas e insurgentes lutam contra o governo em uma guerra civil que já dura mais de uma década (veja no vídeo abaixo, de março de 2021).