fbpx

Menu

Site desenvolvido por Ligado na Net :

Pandemia dos não vacinados: estados confirmam a efetividade da vacina na prevenção de mortes

São Paulo, Rio de Janeiro, Minas, Amazonas, entre outros, já confirmam que maioria das mortes está relacionada a pacientes que não foram imunizados ou não completaram a imunização.

Por Carolina Dantas, g1

08/02/2022 05h02  Atualizado há 4 horas

Quem são as pessoas que estão morrendo por coronavírus em 2022? Qual o impacto exato da vacinação na prevenção das mortes? Não há um levantamento do Ministério do Saúde sobre o tema. Mas diferentes dados de secretarias estaduais de saúde confirmam o alerta de especialistas:

os não vacinados são a maioria das vítimas pela doença nesta atual fase da pandemia.

Amazonas, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo divulgaram dados de diferentes tipos que confirmam a efetividade da vacina (veja destaques abaixo). Por exemplo, Santa Catarina apontou que o risco de idosos não vacinados ou com vacinação incompleta morrer de Covid foi 47 vezes maior do que naqueles que já receberam a dose de reforço.

ara Juarez Cunha, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBim), os dados já refletem uma verdade que, para ele, é consistente. O fato de terem metodologias diferentes não muda o que eles indicam.

“Baseado no que tem sido divulgado, tanto por secretarias estaduais, quanto por outros países, o que tem sido observado é exatamente isso: a imensa maioria das internações mais graves não tem o esquema vacinal completo”, afirma Juarez Cunha.

Ethel Maciel explica que, mesmo sendo pesquisadora, não está conseguindo acessar as taxas de mortalidade relacionadas ao coronavírus em vacinados e não vacinados. ” É preciso ter dado com essa informação e não temos abertos”, explica a professora da Universidade Federal do Espírito Santo e pós-doutora em epidemiologia pela Universidade Johns Hopkins.

A dificuldade para os pesquisadores está na falta de integração entre os sistemas federais que consolidam dados de vacinação e os de casos e mortes por Covid, dificuldade para a qual o Ministério da Saúde não ofereceu alternativa e não realizou estudos próprios.

g1 entrou em contato com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), que sinalizou que também não tem um levantamento nacional a respeito do assunto. Já o ministério disse que estaria levantando as informações junto à área técnica, mas, até a publicação desta reportagem, não havia enviado as informações.

Amazonas

No Amazonas, estado que nos últimos dois janeiros pandêmicos viu o número de casos e mortes do coronavírus disparar. A diferença em comparação com o ano passado é brusca: no primeiro mês de 2021, o estado havia perdido 3.556 pessoas para a Covid-19. Neste ano, até 3 de fevereiro, a Secretaria de Estado de Saúde aponta 152 mortes pela Covid-19.

Dentre elas, 62,5% não tinham se vacinado ou completado o esquema de imunização. Wilson Lima, governador do estado, diz que os “números confirmam que a gente está no caminho certo, incentivando a vacinação”.

Dentre os estados que já contabilizaram seus dados, o Amazonas tem um dos índices mais baixos – 6 a cada 10 mortes — em outras regiões, os não vacinados somam percentuais maiores:

Rio Grande do Sul

Estudo do governo estadual apontou que 68% das hospitalizações e 70% das mortes por Covid-19 entre dezembro e janeiro ocorreram em pessoas não vacinadas ou com alguma dose em atraso.

Santa Catarina

A taxa de óbitos em idosos não vacinados ou com vacinação incompleta foi 47 vezes maior do que naqueles que já receberam a dose de reforço. Já entre os adultos, a taxa entre os não vacinados ou com vacinação incompleta foi 39 vezes maior do que naqueles que receberam a dose de reforço.