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PF e MPF miram quadrilha de tráfico internacional de armas que montava peças com impressoras 3D no Rio

Operação Florida Heat ocorre, de forma simultânea, no Brasil e na Flórida, nos EUA.

Por Marco Antônio Martins, g1 Rio

15/03/2022 06h20  Atualizado há um minuto

Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF) iniciaram nesta terça-feira (15) a Operação Florida Heat, contra o tráfico internacional de armas. Segundo as investigações, a quadrilha usava no Rio uma impressora 3D para terminar de montar o armamento, despachado clandestinamente dos EUA.

Até a última atualização desta reportagem, um homem tinha sido preso.

Agentes saíram para cumprir sete mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão na capital fluminense, em Campo Grande (MS) e em Miami, nos EUA. A 1ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro também determinou o sequestro de bens, avaliados em cerca de R$ 10 milhões.

Uma das equipes foi até uma casa em Vila Isabel, na Zona Norte do Rio. Segundo as investigações, esse era o endereço para onde o material era enviado.

O bando investia o dinheiro adquirido com o tráfico de armas em imóveis residenciais, criptomoedas, ações, veículos e embarcações de luxo.

Como era o esquema

Segundo a PF, a célula americana enviava armas de fogo, peças, acessórios e munição tanto em contêineres em navios cargueiros quanto em encomendas postais por avião.

“Na maioria das vezes, o material era acondicionado dentro de equipamentos como máquinas de soldas e impressoras, despachados juntamente a outros itens como telefones, equipamentos eletrônicos, suplementos alimentares, roupas e calçados”, detalhou a PF, em nota.

Nas “oficinas”, a célula carioca finalizava o trabalho com auxílio de Ghost Gunners, impressoras 3D específicas para fazer armas — “posteriormente distribuídas para traficantes, milicianos e assassinos de aluguel”.

O dinheiro para a compra do armamento era enviado do Brasil para os EUA através de doleiros. “Foi identificado um brasileiro, dono de churrascarias em Boston, que recebia parte e repassava para os alvos residentes nos EUA”, afirmou a PF.