Termina nesta sexta-feira o prazo para ofertas pelo Chelsea; saiba quem são os principais candidatos
Operando sob restrições por causa do dono Roman Abramovich, clube do time atual campeão europeu e mundial tenta viabilizar rapidamente a mudança de proprietário
Por Redação do ge — Londres, Inglaterra
18/03/2022 03h00 Atualizado há 6 horas
Acaba nesta sexta-feira o prazo dado pelo banco de investimentos Raine Group para interessados na compra do Chelsea fazerem as suas ofertas. O clube inglês contratou a companhia norte-americana para conduzir o processo e, de acordo com a imprensa inglesa, mais de 20 grupos “confiáveis” já manifestaram disposição para o negócio.
O fim do prazo não significa que o novo dono do Chelsea será conhecido nesta sexta-feira. A tendência é que a venda seja acertada na semana que vem, mas o desfecho definitivo do processo pode levar semanas.
Família Rickett e Ken Griffin
A família Rickett, dona do time de beisebol Chicago Cubs, deve fazer uma oferta conjunta com o bilionário Ken Griffin, CEO da Citadel Asset Management, multinacional de serviços financeiros. A família Rickett já tinha tentado comprar o Chelsea em 2018.
Consórcio Boehly-Goldstein-Wyss
Outra forte possibilidade é o consórcio formado pelo empresário Todd Boehly, co-proprietário dos Los Angeles Dodgers e do LA Lakers, o roteirista Jonathan Goldstein e o suíço Hansjörg Wyss. Eles pretendem oferecer entre £ 2 bilhões e £ 2,5 bilhões, segundo a imprensa inglesa.https://imasdk.googleapis.com/js/core/bridge3.505.0_debug_pt_br.html#goog_960091831
O empresário britânico Nick Candy, torcedor do Chelsea e empresário do ramo imobiliário, também está entre os concorrentes. Ele teria inclusive contratado o ex-atacante Gianluca Vialli para aconselhá-lo nas negociações. Candy prometeu publicamente dar um assento na diretoria para os torcedores caso se torne o novo dono.
— Sou torcedor do Chelsea desde os quatro anos de idade. Eu amo o Chelsea. Não me importo onde isso acabar, seja comigo ou não, desde que o clube esteja em boas mãos — declarou Candy à Sky Sports, antes do jogo contra o Newcastle no domingo.
Aethel Partners
Sediada em Londres, a empresa global de private equity surgiu na quinta-feira como outra interessada e fez uma oferta de £ 2 bilhões — válida por apenas 11 horas. Seus cofundadores são Ricardo Santos Silva e Aba Schubert, empresários de Portugal e dos EUA, respectivamente. Eles prometeram disponibilizar £ 50 milhões para aliviar as finanças do clube e pretendem manter Thomas Tuchel no cargo.
Outros interessados
O antigo presidente da companhia aérea British Airways, Martin Broughton (e ex-presidente do Liverpool), planeja fazer uma oferta conjunta com o dirigente esportivo Sebastian Coe, que foi o chefe do Comitê Organizador Local dos Jogos Olímpicos Londres-2012.
A companhia Saudi Media Group também já foi mencionada como interessada. A oferta do grupo — não oficializada — teria sido de £ 2,7 bilhões. Várias empresas e nomes foram especulados pela imprensa local, e o número de candidatos deve ser reduzido no fim de semana.
A venda é iminente porque o dono do Chelsea nos últimos 19 anos, o oligarca Roman Abramovich, foi atingido por diversas sanções do governo britânico e da União Europeia. Ele foi proibido de arrecadar qualquer dinheiro com o clube por causa da sua relação com o presidente da Rússia, Vladimir Putin. A medida é uma retaliação à Guerra na Ucrânia.
O mais recente pacote de sanções afetou as tentativas de venda por parte de Abramovich, que não tem mais o controle da instituição e teve os bens congelados. Hoje a propriedade do clube de futebol está nas mãos do governo do Reino Unido.
A diretora Marina Granovskaia tem lidado diretamente com grupos interessados, sob a supervisão das autoridades britânicas. Os candidatos precisam atender à uma lista de requisitos, como relação de conselheiros, plano de negócios e carta de comprovação de fundos. Outra questão importante é um relatório do passado dos investidores.