Impedimento de Gabigol é eleito como maior erro do Brasileirão pela Central do Apito; veja lista
Comentaristas de arbitragem fazem balanço do Brasileiro e escolhem os cinco maiores erros
O Campeonato Brasileiro ficou marcado por algumas polêmicas de arbitragem durante a disputa dos 380 jogos nas 38 rodadas. A Central do Apito em parceria com o Espião Estatístico* fez um balanço geral da atuação dos árbitros na competição e analisou quais foram os cinco maiores erros de decisão no torneio.
Para os comentaristas da Central do Apito, o lance avaliado como o maior erro de avaliação da arbitragem na competição foi no empate da Chapecoense em 2 a 2 com o Flamengo, na 30ª rodada. Na ocasião, a auxiliar Brigida Cirilo Ferreira levantou a bandeira antes da conclusão da jogada perigosa de ataque do Flamengo. O protocolo indica para que o lance seja concluído antes de um impedimento ajustado.
Na rodada seguinte, a polêmica foi na vitória do Flamengo por 3 a 0 sobre o Bahia. O árbitro Vinícius Gonçalves Dias Araújo assinalou pênalti do zagueiro Conti por toque no braço do defensor ainda com a partida empatada em 0 x 0. Mesmo depois de ser chamado pelo árbitro de vídeo Elmo Alves Resende Cunha para ver as imagens, o juiz manteve a decisão de marcar a penalidade.
No dia seguinte, a CBF optou por afastar Leonardo Gaciba do comando de arbitragem. O cargo de presidente da Comissão de Arbitragem passou para Alício Pena Júnior, que assumiu até o fim deste ano. A partir de 2022, a entidade irá definir um nome em definitivo para comandar a arbitragem nas competições da CBF na próxima temporada.
Veja abaixo os cinco maiores erros de arbitragem do Brasileirão:
1) Impedimento de Gabigol em Chapecoense 2 x 2 Flamengo (30ª rodada)
– O principal erro foi o impedimento marcado do Gabigol em um lance que ele sai do próprio campo e sobra sozinho para tentar fazer o gol. Impedimento é marcado. Neste caso, não foi respeitado o protocolo de, em caso de dúvida, esperar. Para a assistente não havia dúvida. Mas a gente vê que a posição dele era muito legal. Foi um erro grosseiro – concluiu Fernanda Colombo.
2) Pênalti de Conti em Flamengo 3 x 0 Bahia (31ª rodada)
O jogo estava empatado em 0 a 0 quando o árbitro Vinícius Gonçalves Dias Araújo enxergou pênalti do argentino Conti por toque no braço do zagueiro. O VAR Elmo Alves Resende Cunha recomendou a revisão após olhar as imagens e avaliar que não houve penalidade na jogada. Porém, o juiz decidiu manter a decisão de dar o pênalti ao Flamengo.
– É claro, para todos nós, que essa bola bate no ombro do Conti e não deveria ter sido marcado este pênalti como foi marcado – pontuou Salvio Spinola.
3) Pênalti não marcado no atacante Elias em América-MG 3 x 1 Grêmio (32ª rodada)
No dia seguinte seguinte ao afastamento de Leonardo Gaciba do comando da arbitragem da CBF, o jogo entre América-MG e Grêmio teve mais uma polêmica de arbitragem. Quando o Coelho vencia por 1 a 0, o árbitro Flávio Rodrigues de Souza não deu pênalti do goleiro Matheus Cavichioli no atacante Elias. Péricles Bassols Pegado Cortez comandou a cabine na partida e não avaliou como erro claro do campo para chamar o juiz ao vídeo na beira do gramado.
– O goleiro do América não toca na bola, cai com o joelho em cima do pé do Elias e ainda faz um bloqueio com o braço direito. Pênati claríssimo não observado em campo e que passou também despercebido pelo VAR. Um erro grave – avaliou PC de Oliveira.
4) Expulsão de Patrick de Paula em Atlético-MG 2 x 0 Pameiras (16ª rodada)
O árbitro Bruno Arleu de Araújo expulsou o volante Patrick de Paula aos 35 minutos do 1º tempo, pelo 2º cartão amarelo, após escorregar e acertar o volante Jair. O Atlético-MG marcou um gol cerca de 10 minutos após o cartão vermelho e venceu o jogo por 2 a 0, pela 16ª rodada.
– A própria CBF reconheceu como erro, como um lance normal, já que houve um escorregão e não houve a falta – destacou Fernanda Colombo.
5) Cartão não dado a Diego Souza em Grêmio 0 x 1 Corinthians (18ª rodada)
Em lance perigoso de ataque do Grêmio, aos 43 minutos do segundo tempo, Diego Souza foi derrubado pelo goleiro Cássio. O atacante revoltado com apenas o amarelo aplicado ao goleiro, tira o cartão das mãos do árbitro Ricardo Marques Ribeiro, que nada faz em relação à atitude do artilheiro.
– O Diego Souza está lá reclamando, contestando, tira o cartão amarelo do árbitro e mostra o cartão para o árbitro Ricardo Marques. Foi o mais marcante, para nós da Central do Apito, como desmoralização para a arbitragem brasileira. O Diego Souza tira o cartão, mostra para o árbitro e o árbitro não toma nenhuma atitude. Nem cartão amarelo mostrou para o Diego Souza – explicou Salvio Spinola.
Fonte: Por Central do Apito e Roberto Maleson