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PF faz operação contra fraudes na Fundação Getúlio Vargas e mira 3 da família Simonsen, fundadora da instituição

Segundo as investigações, o esquema de corrupção englobava licitações fraudulentas, evasão de divisas e lavagem de dinheiro. O g1 pediu um posicionamento à FGV e aguarda resposta. A reportagem também tenta contato com os investigados.

Por Ben-Hur Correia e Marco Antônio Martins, TV Globo e g1 Rio

17/11/2022 07h08  Atualizado há 5 minutos

Fundação Getúlio Vargas (FGV) e pelo menos três membros da família que a fundou são alvos, nesta quinta-feira (17), da Operação Sofisma, da Polícia Federal (PF). Segundo as investigações, uma organização criminosa envolvendo os Simonsen operou um esquema de corrupção, fraudes a licitações, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.

Entre os alvos de buscas estão Ricardo SimonsenMariaI Inês Norbert Simonsen e Rafael Norbert Simonsen. A família Simonsen fundou a FGV em 1944.

Equipes saíram para cumprir 29 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro e em São Paulo. Um dos endereços visados é a sede da FGV no Rio de Janeiro, em Botafogo.

g1 pediu um posicionamento à FGV e aguarda resposta. A reportagem também tenta contato com os investigados.

‘Fábrica de pareceres’

Segundo a PF, a investigação teve início em 2019, após informações de que a FGV era utilizada por órgãos federais e estaduais “para fabricar pareceres que mascaravam o desvio de finalidade de diversos contratos que resultaram em pagamento de propinas, funcionando como um verdadeiro ‘biombo legal’”.

A PF afirmou ainda que a quadrilha usava a FGV também para “superfaturar contratos realizados por dispensa de licitação e para fraudar processos licitatórios, encobrindo a contratação direta ilícita de firmas indicadas por agentes públicos, de empresas de fachada criadas por seus executivos e fornecendo, mediante pagamento de propina, vantagem a concorrentes em licitações coordenadas por ela”.

Polícia Federal cumpre mandados na Operação Sofisma — Foto: Reprodução/PF

Polícia Federal cumpre mandados na Operação Sofisma — Foto: Reprodução/PF

Para ocultar a origem ilícita dos valores, de acordo com a PF, “diversos executivos detinham offshores em paraísos fiscais como Suíça, Ilhas Virgens e Bahamas, indicando não só a lavagem de capitais, como evasão de divisas e de ilícitos fiscais”.

Os mandados foram expedidos pela 3ª Vara Criminal Federal do Rio de Janeiro. A Justiça também emitiu ordens de sequestro e cautelares restritivas.

As penas dos fatos investigados podem chegar a quase 90 anos de prisão.

“O nome da operação [Sofisma] faz alusão à figura grega dos sofistas, filósofos que, através da argumentação, transvestiam de veracidade informações que sabiam ser falsas, com a intenção de manipular a população”, explicou a PF.

Fundação Getúlio Vargas, em Botafogo, na Zona Sul do Rio — Foto: Reprodução/ TV Globo

Fundação Getúlio Vargas, em Botafogo, na Zona Sul do Rio — Foto: Reprodução/ TV Globo

Fonte:  Ben-Hur Correia e Marco Antônio Martins, TV Globo e g1 Rio

https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2022/11/17/pf-cumpre-mandados-no-rj.ghtml