SAF Botafogo é cobrada na Justiça por dívida de R$ 20 milhões
Valor é referente a comissões, débitos trabalhistas e valores de transferências de atletas que já deixaram o clube e de alguns que ainda estão no elenco
A SAF Botafogo foi acionada na Justiça por dívidas com jogadores, treinadores e empresários. Ao todo, são 13 processos movidos por um escritório de advocacia, que totalizam cerca de R$ 20 milhões.
O montante engloba cobranças em três esferas: na Justiça Trabalhista, na Fifa e na Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD), órgão que os empresários acionam por dívidas de comissão, por exemplo. No CNRD são nove casos abertos.
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Os processos foram distribuídos na última quarta-feira. Procurado pela reportagem, o Botafogo não se posicionou sobre a questão. Se o clube se pronunciar, a reportagem será atualizada.
Esses casos são representados pelo escritório do advogado Aldo Giovani Kurle. Ele afirma que a dívida diz respeito a atletas que já saíram do clube e alguns que ainda estão na equipe. Por isso, mantém os nomes sob sigilo.
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Relação de processos contra a SAF Botafogo no CNRD — Foto: Reprodução
– De parcelas vencidas, temos aproximadamente R$ 7,7 milhões apenas de verbas de transferência e comissões. O valor com as parcelas que ainda vão vencer supera os R$ 20 milhões. Estamos falando de 13 processos, alguns na CNRD, alguns trabalhistas e outros na Fifa – diz o advogado.
Neste montante há: comissão para intermediários, participação em direitos econômicos, verbas rescisórias e trabalhistas, mecanismo de solidariedade não pago, direitos de imagem e luvas.
Segundo apurou o ge, o clube tem dívida de salário e premiação com o treinador Luís Castro, que deixou o clube no meio do ano passado e acionou a Fifa para receber o dinheiro. O português não é representado pelo escritório de Kurle.
De acordo com Aldo Kurle, os credores e os clubes firmaram acordos de pagamento parcelado que não foram honrados pelo clube.
– Você fala com os departamentos do clube e todos se esquivam de uma resposta mais contundente. O argumento deles é sempre “estamos esperando a entrada de algumas verbas”. E a gente espera, mas eles continuam não pagando ninguém. Eu tenho mais de 25 anos nessa área esportiva e nunca vi uma inadimplência como essa, para mim.
As dívidas são de duas frentes: a esportiva e a trabalhista. A primeira, se não for quitada, pode ter como consequências transferban, perda de pontos e até rebaixamento. Na trabalhista, pode haver penhora de verbas, bloqueio de receita oriundos das emissoras de transmissão e da transferência de atletas.
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John Textor em Botafogo x Atlético-GO — Foto: Thiago Ribeiro/AGIF
Fonte Por Giba Perez
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