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Na guerra pelo investidor milionário, Itaú abocanha um terço das grandes fortunas

Por Mariana Barbosa09/02/2022 • 07:01

Mesmo em um ano de forte concorrência no segmento de grandes fortunas,  o Itaú viu o volume de ativos sob sua gestão crescer 13,7%, mais do que o dobro do mercado. 

Líder no segmento que atrai clientes com pelo menos R$ 10 milhões na conta bancária, o Itaú Private Bank tem sido alvo do assédio da concorrência e chegou a perder 28 gestores. Só o Credit contratou 9 gestores sêniors do Itaú. Até o final do ano passado, o banco tinha conseguido repor 21 gestores.

O saldo do ano foi uma carteira com R$ 500 bilhões de ativos sob gestão no Brasil — equivalente a 29,3% de participação no segmento de grandes fortunas. Em 2020, o Itaú tinha 27,3% do segmento. 

De acordo com a Anbima, o segmento private cresceu 6% no ano passado, encerrando dezembro com R$ 1,72 trilhão sob gestão, ante R$ 1,62 bi no ano anterior.

Além dos R$ 500 bilhões sob gestão do Itaú no Brasil, o banco administra outros R$ 200 bilhões de clientes do Private no exterior.

Recentemente, o banco unificou as estruturas do Private nacional e internacional, que agora estão sob o comando de Fernando Beyruti. 

— Os números evidenciam o trabalho realizado por nossa operação local em 2021, que se aproximou ainda mais dos clientes, entendeu as necessidades e oportunidades específicas ao longo de um ano desafiador — diz Felipe Nabuco, que liderou a operação do Private no Brasil em 2021 e, com a unificação, virou líder global de investimentos e relacionamento com clientes.