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Técnico do Atlético-MG, Coudet já foi elogiado por José Mourinho e recebeu “cutucada” de Maradona

Ex-meia começou no futebol na mesma época e no mesmo clube que David Trezeguet

Por Fred Ribeiro — Belo Horizonte

25/11/2022 04h00  Atualizado há 5 horas

Quando o futebol ainda era de camisas dentro do calção e chuteiras pretas, Eduardo Coudet platinou o cabelo depois de ficar entediado com a aparência. Meia referência do futebol argentino entre as décadas de 1990 e 2000, Chacho era visto como aqueles “malucos belezas”. Personalidade excêntrica, bom humor, nervosismo à flor da pele e dentes cerrados. Este é o perfil do novo técnico do Atlético-MG.

Coudet se autodeclara um treinador alto astral, mas que “detesta perder”. Sangue ferve nas veias e o torcedor do Galo poderá ver um argentino agitado na beira do campo. Algo que não aconteceu com Jorge Sampaoli, já que a passagem do amigo de Coudet no Mineirão foi com portões fechados na pandemia, e Antonio el Turco Mohamed era “paz e amor”.

A carreira de Chacho começou no modesto Platense, em 1993. Mesma equipe na qual o franco-argentino David Trezeguet iniciaria a trajetória profissional. Pouco depois, o atacante iria para o Monaco, da França, e acabaria campeão do mundo em 1998. Seria o ano de saída de Coudet do Rosário Central. De lá para o San Lorenzo, River Plate, até chegar no Celta de Vigo.

Lenda do Rosário Central, uma vez César Luis Menotti – campeão mundial em 1978 pela Argentina – disse sobre Eduardo Coudet: “Está mais louco do que eu quando tinha 20 anos”. Para Chacho, foi o maior elogio da vida. Veja abaixo alguns motivos:

Sequestro de ônibus

Quando Coudet atuava pelo Platense, com dois jogos no profissional, Coudet resolveu tomar a direção do ônibus da equipe e dar uma voltinha no quarteirão com os colegas no banco de passageiro. O ônibus travou nas mãos do inabilidoso condutor, que sequer conseguiu dobrar a esquina.

Madrugada em Arroyito

A final da Copa Conmebol entre Atlético e Rosário Central em 1995 foi o grande título internacional de Coudet, ainda um jovem volante de 21 anos. No texto de Leo Lepri no ge, Coudet fez um pacto com o colega de time para, se o título viesse – Galo venceu a ida por 4 a 0, eles passariam a madrugada no gramado do Gigante de Arroyito.

Patada voadora

Em participação durante programa esportivo da Argentina, Coudet falou sobre outro episódio pitoresco da carreira de jogador. Sem dar a data, mas provavelmente por volta de 1996, ele deu uma “patada voadora” no túnel inflável onde os jogadores do Boca se preparavam para entrar. “Derrubei todos”.

“Me deram apenas um jogo de suspensão, porque não tinha antecedentes”, disse, aos risos.

Extintor na concentração

Enquanto jogador do River Plate, Chacho era conhecido por pregar peças na concentração. Em um dia, quis se vingar de D’Alessandro e Cavenaghi, que invadiram e bagunçaram seu quarto. No melhor estilo “Didi Mocó”, Coudet pegou um extintor de incêndio, bateu no quarto da dupla e respondeu que se tratava do técnico Manuel Pellegrini. Quando a porta abriu, ele jogou a fumaça na vítima errada.

“Ele quase me cegou. Tive que ir para o médico”, contou o Esteban “Bichi” Fuertes, a vítima errada de Coudet.

Elogios de Mourinho

Já como técnico, Coudet teve embates interessantes na Argentina. Pelo Central ou pelo Rosário, enfrentou diversas vezes o River Plate de Marcelo Gallardo e o Boca Juniors. Durante a Sul-Americana de 2019, foi eliminado pelo Corinthians, mas ganhou elogios de José Mourinho, histórico treinador português.

“É uma equipe que joga como um time europeu. Taticamente perfeita”

“Teatro de Revistas”

Em um duelo entre Racing e Gimnasia La Plata em 2019, Diego Maradona, com dificuldades de andar, foi caminhando lentamente para o banco do rival. Queria abraçar Chacho Coudet, que se levantou rapidamente. El Diez disse: ‘Eu sei o que é estar aí’, se referindo ao fato de ter sido técnico do próprio Racing de 1995. Deram um abraço bem amigável.

O Racing venceu por 2 a 1, e, na conferência de imprensa, Maradona deixou o clima amistoso de lado para dar uma “cutucada” no colega. Disse, a sua maneira provocativa, que Chacho parecia estar em um “Teatro de Revistas” pois gesticulava sem parar contra o árbitro. Coudet teve a réplica, e, desta vez, jogou extintor para impedir qualquer clima quente:

“Na verdade é que não briguei com os árbitros… E Diego é um ídolo de todos.”

Maradona e Chacho Coudet em Gimnasia x Racing em 2019 — Foto: Reprodução

Fonte:  Fred Ribeiro — Belo Horizonte

https://ge.globo.com/futebol/times/atletico-mg/noticia/2022/11/25/tecnico-do-atletico-mg-coudet-ja-foi-elogiado-por-jose-mourinho-e-recebeu-cutucada-de-maradona.ghtml